Ómicron. Lisboa pode ser a primeira região a abrandar o aumento de infeções
A incidência em Lisboa e Vale do Tejo atingiu o recorde de 4200 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
A confirmarem-se os sinais de descida nos números de diagnósticos de covid-19 reportados em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), esta pode ser a primeira região a passar o pico de infeções alavancado pela disseminação da Ómicron. Foi nesta região que a nova variante se disseminou mais cedo, anuncia o jornal i.
Nos últimos 14 dias, a incidência em LVT atingiu o recorde de 4200 casos por 100 mil habitantes, com mais de 157 mil novos diagnósticos neste período. Já no Norte, a incidência assentou nos 3700 novos casos nos mesmos parâmetros, com 135 mil novos casos. No que concerne as regiões Centro, Alentejo e Algarve, esta situa-se entre os 2000 e 2500 casos por 100 mil habitantes, o que sugere uma progressão mais tardia da variante Ómicron.
Com esta evolução, é previsível que a região de LVT abrande no aumento de novas infeções que tem sido registado. Ainda assim, falta agora perceber o impacto que a abertura das escolas e o setor noturno – que reabre esta sexta-feira – pode ter nos novos diagnósticos de covid-19.
As projeções sugerem que a variante continue a circular com maior intensidade ao longo do mês de janeiro, não tendo a mesma força do aumento exponencial de infeções que se viveu desde novembro do ano passado. Espera-se, no entanto, que estes novos casos continuem acompanhados de um baixo rácio de mortalidade e internamentos.
Neste âmbito, o Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington (IHME) estima que o país deverá atingir o máximo de infeções esta semana – perto das 200 mil se se tiver em conta os assintomáticos que não são detetados – e que cerca de 45% da população portuguesa poderá contrair o vírus até ao final de março.
SO