Oftalmologistas alertam para sintomas da degenerescência macular da idade
A propósito do Dia dos Avós, a iniciativa procura sensibilizar para o impacto que a perda de visão pode ter na qualidade de vida, sobretudo dos mais velhos.
O Grupo de Estudos da Retina (GER) lançou um alerta para a importância de a população mais idosa e os respetivos cuidadores conhecerem os sintomas da degenerescência macular da idade (DMI). Os especialistas reforçam a necessidade de se conseguir atuar preventivamente perante a doença e sublinham a importância do tratamento precoce.
“A DMI é uma doença ocular em que a visão central é gradualmente destruída e tarefas simples como reconhecer rostos, ler, conduzir, podem tornar-se difíceis ou impossíveis”, começam por explicar em comunicado. Assim, tendo em consideração que esta é uma doença progressiva, a patologia “pode levar a uma perda irreversível da visão se não for tratada”.
“Em Portugal existe um grande desconhecimento sobre esta doença que nem sempre é identificada a tempo e, por isso, aumentar a educação e a sensibilização da população para a DMI é essencial”, refere a presidente do GER e oftalmologista, Ângela Carneiro.
Segundo sublinham esta condição, numa fase mais precoce e intermédia, “pode ser praticamente impercetível para os doentes”. Neste sentido, estes aconselham “as pessoas a partir dos 50 anos que sintam alguma alteração na sua visão ainda que ligeira” a consultar um oftalmologista. Como acrescentam, a realização de exames oftalmológicos sistemáticos, sobretudo se houver um histórico familiar ou o consumo de tabaco é crucial para o diagnóstico da doença.
A propósito do Dia dos Avós, que se assinala no próximo dia 26 de julho, e tendo em consideração que “o contexto nacional é de uma população cada vez mais envelhecida”, é fundamental “aumentar a consciencialização dos principais sintomas e, desta forma, trabalhar no diagnóstico e tratamento precoces” da doença, acrescenta Ângela Carneiro.