4 Dez, 2018

Novo teste sanguíneo poderá detetar cancro do ovário em fases iniciais

Investigadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, desenvolveram um novo teste sanguíneo que pode detetar o cancro do ovário nos seus estágios inicias, o que poderá resultar numa avanço para a intervenção precoce e redução da mortalidade.

Atualmente, para o diagnóstico do cancro do ovário, os médicos poderão realizar os seguintes exames: ecografia pélvica; TAC pélvico; biopsia; e análise ao marcador tumoral CA125, que consiste num exame ao sangue para determinar o nível e concentração deste marcador, que poderá indicar a presença de cancro ou de outras patologias.

No seu estudo, divulgado na plataforma Biochemical and Biophysical Research Communications, os autores explicam que “os níveis de CA125 também podem ser elevados em condições não-malignas como a endometriose, gravidez, quistos nos ovários, doença inflamatória pélvica, hepatite, cirrose e na fase folicular do ciclo menstrual”.

Os especialistas da Universidade de Adelaide identificaram pela primeira vez uma toxina bacteriana – a citotoxina subtilase produzida pela bactéria Escherichia coli – capaz de reconhecer um marcador de células cancerígenas humanas.

Através da análise de amostras de sangue recolhidas de participantes com cancro do ovário,  o novo exame de sangue detectou níveis significativos desse marcador de cancro em 90% das amostras de pessoas com cancro do ovário em estágio 1 e 100% das amostras de pessoas com cancro de ovário num estágio mais avançado.

O marcador não foi detetado em nenhuma amostra de sangue de participantes saudáveis ​​que serviram como população controle.

No futuro, os investigadores planeiam realizar novas experiências com mais amostras de sangue, com vista a melhorar este teste para conseguirem disponibilizá-lo para o público.

Mónica Abreu Silva

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