Ministro da Defesa assegura que IASFA regularizará dívidas aos prestadores privados de saúde
O ministro da Defesa Nacional disse na quinta-feira que o diálogo entre o Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA) e os prestadores de privados de saúde “já teve início” e contemplará “um plano para a regularização das dívidas”.
João Gomes Cravinho, que falava na tomada de posse do novo presidente do IASFA, abordou a questão das “denúncias dos protocolos com a ADM [Assistência na Doença aos Militares] que foram feitas no início de fevereiro por alguns dos grupos privados de prestação de cuidados de saúde”.
“De forma alinhada com a ADSE, eu considero que há espaço para que o IASFA encontre caminhos para a resolução desta situação, procurando garantir os direitos dos beneficiários, sem descurar a necessária racionalidade financeira nas decisões que venham a ser tomadas”, disse o ministro na cerimónia que decorreu no Ministério da Defesa Nacional, em Lisboa.
Sobre este assunto, Gomes Cravinho apontou também que “o processo de diálogo já teve início”, e que “fará naturalmente parte desse processo de estabelecimento de novas bases de entendimento um plano para a regularização das dívidas”.
Na quarta-feira, ouvido numa audição regimental sobre a política de Defesa, na Assembleia da República, o ministro afirmou que a saúde militar é uma prioridade nos meses que faltam até terminar o mandato, esperando ver aprovada até lá legislação para “lançar as bases para um sistema de saúde militar mais coeso e integrado”, envolvendo o IASFA, a ADM (Assistência na Doença aos Militares), o Hospital das Forças Armadas, as unidades de saúde dos ramos e o Laboratório Militar.
“Ao longo dos últimos 15 anos houve tentativas incompletas para reformas e hoje estamos numa situação de crise no sistema de saúde militar”, disse, adiantando que pretende manter o IASFA a gerir as diferentes componentes, “mas com uma separação clara”.
João Gomes Cravinho referiu que dará instruções ao novo presidente do IASFA, que tomou posse esta quinta-feira, para “fazer uma separação clara das diferentes componentes”, ação social, ADM e gestão do património.
Nessa ocasião, o ministro lamentou a denúncia unilateral, por parte de dois grupos privados de saúde, dos protocolos com o IASFA, e adiantou que a nova direção do Instituto “tem como incumbência reatar o diálogo” com aquelas entidades.
LUSA