16 Set, 2024

Ministra da Saúde quer “amplo consenso nacional” para reforma estrutural do SNS

Ana Paula Martins lembrou a necessidade da colaboração de todos para esta “reforma estrutural” que considera necessária no Serviço Nacional de Saúde (SNS), para que se adapte às novas realidades.

A ministra da Saúde apelou hoje a um “amplo consenso nacional” para concretizar a “reforma estrutural” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma tarefa que disse precisar de uma legislatura ou mais.

“Este trabalho não terá resultados em semanas ou meses. É um trabalho de uma legislatura, ou mais, e necessita de um amplo consenso nacional”, afirmou Ana Paula Martins, que falava na sessão que assinala o 45.º aniversário do SNS promovida pela comissão parlamentar de saúde.

Depois da intervenção do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, que abriu a sessão, a ministra da Saúde lembrou a história do SNS desde a sua criação, destacando algumas decisões tomadas por diversos governos, do PS e do PSD, desde a criação das Unidades Locais de Saúde à reforma da saúde mental, passando pela legislação da transplantação e pela criação dos Centros de Responsabilidade Integrada, entre outros.

Ana Paula Martins lembrou a necessidade da colaboração de todos para esta mudança estrutural que considera necessária no SNS, para que se adapte às novas realidades: “Dificilmente conseguiremos estar todos de acordo, mas temos de materializar um acordo para o essencial”.

Para esta “reforma estrutural” do SNS, a ministra disse que “os próximos Orçamentos do Estado são essenciais”, sublinhando que esta será uma “reforma em que todos deverão participar”.

Ana Paula Martins recordou que a saúde de hoje “é diferente da de há 45 anos”, acrescentando: “De um dos piores sistemas de saúde do mundo conseguimos inverter a situação, transformando assimetrias e desigualdades”.

Assumindo a defesa do SNS como “um dos pilares essenciais da atuação” deste Governo, designadamente do Ministério da Saúde, a governante disse que o objetivo não é apenas dar mais anos à vida, mas criar mais qualidade para os anos vividos, aproveitando “ a capacidade instalada de todos os setores”.

“As reformas não se fazem contra as pessoas, os profissionais ou os autarcas”, disse a ministra, sublinhando que para esta mudança devem contar “todos os agentes”.

No final da sua intervenção, a ministra da Saúde escusou-se a responder a perguntas dos jornalistas.

A sessão de hoje no parlamento conta ainda com intervenções da diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, o diretor executivo do SNS, António Gandra d’Almeida, a presidente da Comissão Técnica de Vacinação, Ana Marta Martins Valente Pinto, e o coordenador do Plano de Ação de Envelhecimento Ativo e Saudável, Nuno Marques, entre outros.

 

LUSA

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