22 Jun, 2021

Ministra da Saúde admite novas medidas para travar evolução da pandemia

Marta Temido admite a possibilidade de um eventual travão no processo de desconfinamento, que deveria continuar no dia 28 de junho.

O agravamento da situação epidemiológica da covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo pode levar a novas medidas de contenção da pandemia e a um eventual travão no processo de desconfinamento, admitiu a ministra da Saúde.

“Sempre dissemos que as linhas dos nossos mapas de referência são indicadores que nos levam a travar ou acelerar e a tomar medidas em função daquilo que é a situação. Sabemos que estamos com um risco efetivo de transmissão elevado (1,19) e com um número de novos casos por dia que é também elevado”, afirmou Marta Temido aos jornalistas à saída da tomada de posse da nova direção da Associação Nacional de Farmácias.

Reconhecendo que a prevalência da variante Delta, inicialmente detetada na Índia, é já dominante na Área Metropolitana de Lisboa e que deverá estender-se brevemente ao resto do território nacional, a governante elencou três prioridades na resposta ao atual cenário.

“Continuar a acelerar a vacinação, garantir o acesso a testes e que esse acesso seja efetivamente utilizado pelas pessoas para saberem qual a sua situação e atuar em conformidade, e, depois, que algumas medidas de contenção do risco de transmissão sejam utilizadas. Tivemos uma delas neste fim de semana em vigor na Área Metropolitana de Lisboa e vamos continuar a acompanhar a situação e a avaliar o que é necessário fazer”, observou.

Questionada sobre a rapidez de realização dos inquéritos epidemiológicos durante a pandemia, que, segundo o último relatório de ‘linhas vermelhas’, já estará próximo do limite de 10% fixado para os casos confirmados de covid-19 notificados com atraso, Marta Temido enfatizou não haver nesta fase problemas de resposta a este nível.

“Os rastreios estão a ser realizados dentro dos tempos com os quais assumimos o compromisso de qualidade da resposta. Neste momento, o problema a que todos assistimos esperamos que não seja de capacidade de resposta, quer de inquéritos epidemiológicos, quer do sistema de saúde”, indicou.

LUSA

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