Medicamento testado no Brasil com 94% de sucesso contra coronavírus
Ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, diz que medicamento não contém cloroquina e apresentou 94% de eficácia após 48 horas de estudos ‘in vitro'.
“O medicamento teve 94% de sucesso, trabalhando no tecido real e eliminando, inibindo esta capacidade do vírus de reagir”, afirmou o ministro brasileiro numa conferência com jornalistas, em Brasília.
Pontes explicou que o remédio não contém cloroquina, substância testada no combate à doença provocada pelo novo coronavírus, cujo uso é defendido pelo Presidente do país, Jair Bolsonaro.
O ministro da Ciência e Tecnologia explicou que este outro medicamento foi testado por cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais e tem efeitos colaterais menores do que a cloroquina.
“Este [remédio] especificamente tem uma vantagem muito grande porque tem pouco efeito colateral e pode ser empregado em uma grande faixa da população”, afirmou o ministro.
Pontes explicou que o Governo brasileiro aprovou um ensaio clínico da nova substância em 500 pacientes internados em sete hospitais do país e pontuou que não iria identificar o nome do remédio usado na pesquisa para evitar tumultos nas farmácias antes que os resultados sobre sua eficácia sejam comprovados.
“Isto [teste do medicamento] será feito de uma maneira extremamente científica, usando todo o formalismo científico (…) Não posso falar o nome do medicamento, fiz questão de não saber o nome do medicamento para evitar uma correria em torno dele enquanto ele não está ainda testado”, afirmou Pontes.
O ministro brasileiro disse acreditar que existe uma grande probabilidade de que uma molécula presente neste novo remédio funcione para o tratamento do novo coronavírus, e estimou que o país estará bem preparado para combater a pandemia em maio.
“No meio do mês de maio, com tudo isto funcionando, considerando as quatro semanas de testes e o sistema de diagnóstico e testes funcionando aproximadamente no mês de maio teremos uma ferramenta para combater esta pandemia aqui no Brasil”, concluiu.
SO/LUSA
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