Marta Fonseca conclui doutoramento sobre as vantagens de mapas conceptuais na educação médica
A educação médica é a temática central do doutoramento em Ciências da Saúde de Marta Fonseca, especialista em Medicina Geral e Familiar (MGF). As provas decorreram no passado dia 19 de fevereiro, na Faculdade de Ciências Médicas|NOVA Medical School da Universidade Nova de Lisboa.

“Concept mapping as a tool to facilitate clinical reasoning in complex multimorbidity cases in undergraduate primary care curricula” é o tema da tese. A investigação sobre educação médica teve por base uma revisão da literatura, um estudo qualitativo exploratório e um estudo de implementação em larga escala.
O objetivo essencial do projeto de investigação foi o de avaliar de que modo os mapas conceptuais podem promover o raciocínio clínico na gestão de vinhetas clínicas de doentes com multimorbilidade, em alunos do estágio clínico de Medicina Geral e Familiar (MGF). “Pretendia-se, desta forma, aquilatar a mais-valia dos mapas conceptuais enquanto ferramenta pedagógica, destinada a estimular o pensamento clínico crítico e a integração de conhecimentos e comparar a validade de tal método, face a estratégias de ensino médico convencionais”, pode ler-se no site da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).
As conclusões dos três estudos que estão na base deste doutoramento apontam para os mapas conceptuais como ferramentas pedagógicas que estimulam a metacognição em estudantes de Medicina, permitindo-lhes integrar as ciências básicas e conceitos clínicos, através de uma representação visual do conhecimento. “Ficou patente que este tipo de abordagem favorece o pensamento reflexivo e o raciocínio clínico na gestão da multimorbilidade e, embora não tenha ficado definitivamente provada a superioridade da metodologia centrada em mapas conceptuais sobre os métodos tradicionais de ensino, os potenciais benefícios tornaram-se irrefutáveis.”
A investigação mostra também que a integração de mapas conceptuais no ensino médico poderá capacitar futuros médicos de família com ferramentas essenciais para promover o raciocínio clínico, além de contribuir para o avanço da educação médica em Portugal.
O júri da prova foi presidido por Miguel Cardoso de Seabra, professor Catedrático na NOVA Medical School), e teve como vogais António Rendas (Professor Catedrático Jubilado na NOVA Medical School), Isabel Santos (Professora Associada Aposentada na NOVA Medical School), Roberto de Albuquerque (Professor Associado Convidado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto – FMUP), Carlos Robalo Cordeiro (Professor Catedrático na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra) e Mário Santos (Professor Associado Convidado no ICBAS). Os orientadores da tese foram António Rendas e Bruno Heleno, ambos da NOVA Medical School.
MJG