4 Dez, 2018

Investigadores estudam folha de mirtilo para tratamento da Esclerose Múltipla

Um projeto de investigação levado a cabo pela Universidade de Coimbra está a desenvolver uma tecnologia através da folha de mirtilo, um subproduto agrícola desperdiçado, para o tratamento da Esclerose Múltipla, foi hoje noticiado.

Em comunicado enviado ao nosso jornal, é indicado que a equipa de investigação “encontra-se a desenvolver uma nova tecnologia de obtenção de compostos fenólicos (CF) capazes de atuar no Sistema Nervoso Central, que estão presentes em elevado teor nas folhas de mirtilo”. O projeto visa a criação de produtos “nutracêuticos com propriedades neuroprotetoras e neuroregeneradoras” para o tratamento de doenças do foro neurológico, como a Esclerose Múltipla, e psiquiátrico.

“Utilizando as propriedades terapêuticas da folha de mirtilo, estaremos paralelamente a tirar partido dos recursos endógenos e a acrescentar valor a um subproduto atualmente desperdiçado” explicam Sofia Viana e Flávio Reis, investigadores responsáveis pelo projeto, na referida nota.

O projeto conta com uma equipa de investigação multidisciplinar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra com experiência nas áreas de farmacologia, neurologia e fitoquímica, e conta ainda com a colaboração da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto e com o patrocínio da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores de Mangualde CRL (COAPE), apontado como “uma parceiro essencial para valorizar a folha de mirtilo enquanto subproduto agrícola”.

Este foi um dos 15 projetos que venceu uma das Bolsas de Ignição atribuídas pelo INOV C 2020, que visa apoiar ideias de empreendedorismo e inovação na região centro. As bolsas foram atribuídas em meados de 2018, representando um investimento total de 150 mil euros, com financiamento FEDER máximo de 8500€ por cada bolsa.

Mónica Abreu Silva

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