14 Abr, 2020

Hospital de Campanha permite transferir 20% dos internados do Porto

Informação é avançada pelo presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos. "Hospital de Campanha Porto." começa hoje a funcionar.

“Nós vamos começar com cerca de 12 ou 16 doentes, nos primeiros dois ou três dias, e depois iremos aumentando a receção de doentes. Provavelmente iremos dar resposta, espero, a cerca de 20% dos que as unidades têm internados”, afirmou António Araújo em declarações aos jornalistas no final da visita ao hospital de campanha instalado no pavilhão Rosa Mota, no Porto.

De acordo com aquele responsável, a unidade destina-se a receber doentes infetados com covid-19, assintomáticos ou com sintomas ligeiros, mas sem possibilidade de isolamento no domicílio, podendo ainda ser usada por doentes infetados e com necessidade de cuidados médicos devido a outras patologias, e doentes em fase de convalescença.

No total, o “Hospital Porto.” dispõe de 320 camas para doentes covid-19, distribuídas por dois pisos, e está dividido em duas áreas, “a chamada área vermelha, onde andarão os doentes infetados, e a área verde, aquela onde os profissionais de saúde poderão andar de uma forma um pouco mais descontraída.

De acordo com António Araújo, estas áreas são fundamentais para a segurança de todos, pelo que foram definidos circuitos para entrada de alimentos, produtos farmacêuticos, ou pessoal médico, entre outros, por forma a minimizar o risco de infeção.

Há um coordenador geral, função que cabe a António Araújo, um coordenador médico ou de área de enfermagem e um outro da equipa de auxiliares. Todos os profissionais a trabalhar naquele local são voluntários.

“Aqui podemos ter um número muito razoável de doentes”, assegurou, adiantando que, “se tudo correr bem”, aquela unidade deve encerrar portas a 31 de julho.

Para o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, este hospital de campanha vai permitir aliviar alguma da pressão sentida pelos hospitais perante o aumento do número de infetados.

“Se eu conseguir retirar uma percentagem razoável de doentes dos hospitais, isso permitirá aos hospitais, que são unidade de saúde altamente diferenciadas (..), poderem prestar apoio àqueles doentes que realmente precisam desses cuidados”, concluiu.

Esta mensagem foi também repetida pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que em declarações aos jornalistas, salientou que esta é uma resposta fundamental.

“Hoje já temos cá uma série de voluntários – médicos e enfermeiros – que estão preparados para a partir de amanhã [terça-feira] começarmos a oferecer aqui um serviço que é, a nosso ver, absolutamente fundamental e complementar àquilo que os hospitais estão a fazer. Isto é, de facto, um hospital de retaguarda que numa situação destas nos parece muito importante”, declarou.

SO/LUSA

 

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