22 Jun, 2021

Hospitais de Lisboa receberam indicações para reforçar camas em UCI

Capacidade atual está perto de ser atingida nos hospitais da região de Lisboa, que têm, no entanto, margem para aumentar as camas em cuidados intensivos para doentes com covid-19.

Na semana passada, a Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo recomendou aos hospitais que reforçassem as Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), avança o Jornal i. A região tem 64% dos internados com covid-19 no país e 63 pessoas com Covid-19 em UCI.

A orientação transmitida pedia que os hospitais passassem ao “nível seguinte” do plano de contingência em matéria de vagas para doentes com covid-19 em UCI, devido “à evolução epidemiológica, com crescimento do número de casos de covid-19 e covid-19 críticas”.

A proposta sugeria que a lotação de capas de UCI destinadas à covid-19 passasse de 71 para 92, reduzindo assim as camas para doentes não covid de 204 para 177. Este esforço abrange o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (Garcia de Orta, Barreiro-Montijo, Setúbal e Cascais), que passaria, assim, de 24 para 32 camas de UCI para doentes covid-19; o eixo do Lisboa Central (São José, Curry Cabral, Médio Tejo, Vila Franca de Xira e Hospital de Santarém), de 24 para 30 camas; e o eixo do Centro Hospitalar Lisboa Norte (Santa Maria, Hospital Beatriz Ângelo, Dr. Fernando Fonseca e o Centro Hospitalar do Oeste), também de 24 camas para 30.

Nesta altura, a maioria dos doentes internados com covid-19 pertence à região de Lisboa e Vale do Tejo – 286 internados, dos quais 223 em enfermaria e 63 em UCI, o que representa 64% dos internados no país (407). Relativamente à capacidade dos cuidados intensivos, esta ainda não foi ultrapassada, mas a perspetiva é que isso possa acontecer nos próximos dias.

De acordo com informações apuradas pelo Jornal i, os internados são das faixas etárias mais novas, sendo o maior grupo na faixa dos 40 os 49 anos, com 20% dos doentes internados na região de Lisboa. Os grupos dos 50, 60 e 70 têm, cada um cerca de 16% a 17% de internados cada.

SO

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