16 Jan, 2025

Há mais formação em Cuidados Paliativos em Portugal, indica relatório

O Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP) da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa alerta, no entanto, para os problemas de acesso.

“Apesar dos esforços contínuos, ainda há profissionais em equipas especializadas de Cuidados Paliativos sem formação específica.” O alerta consta do Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP) da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa.

Em 2022, 11,2% dos profissionais que atuam com adultos não possuíam formação formal na área, sendo 10,3% entre os profissionais das Unidades de Cuidados Paliativos (UCP), revela.

Mesmo assim Portugal já apresenta melhores resultados do que em anos anteriores, com mais de 65% dos profissionais em Equipas Intra-hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP) a terem formação avançada, incluindo pós-graduações e mestrados.

O relatório reforça a importância de programas obrigatórios de educação e destaca a necessidade de fortalecer a formação contínua interdisciplinar e a expansão de estágios certificados para otimizar a qualidade dos cuidados, sobretudo em cenários de alta complexidade.

Com uma taxa de cobertura de 9% para adultos e apenas 0,9% para pediátricos, o estudo destaca, ainda, “a insuficiência de serviços especializados em várias regiões”.

Em 2022, foram referenciados 11.190 doentes, dos quais 10.173 foram efetivamente admitidos. As Equipas Intra-hospitalares representaram a maior proporção de admissões (45,7%), mas a acessibilidade permanece desigual, com Lisboa a concentrar 36,7% dos casos atendidos.

O relatório sugere medidas urgentes para aumentar a capacidade de resposta das equipas, nomeadamente no que diz respeito à adequação do rácio de profissionais por doente e na expansão do uso de instrumentos de avaliação padronizados.

MJG

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