Guilherme Macedo. Hepatites “são uma pandemia que não pode ser esquecida”
Segundo Guilherme Macedo, esta é “uma pandemia que não pode ser esquecida”, referindo-se aos números das hepatites virais, nomeadamente de hepatite C.
A propósito do Dia Mundial das Hepatites, o presidente o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), Guilherme Macedo, defendeu a necessidade de abordagem deste tema de três diferentes perspetivas.
“O Dia Mundial das Hepatites é sempre um pretexto ideal para reforçarmos uma mensagem que nos parece decisiva em matérias de hepatites, não só para os profissionais de saúde, mas para o público e, sobretudo, também para os nossos políticos”, defendeu hoje o médico.
Segundo Guilherme Macedo, esta é “uma pandemia que não pode ser esquecida”, referindo-se aos números das hepatites virais, nomeadamente de hepatite C.
“Recordar que este é um problema [hepatites] que ainda existe entre nós e que é uma pandemia totalmente democrática, pois não escolhe géneros, cores ou estratos socias. Os profissionais de saúde devem ter em mente que os rastreios são extremamente importantes, bem como acessíveis quer em termos de custos como de realização”, frisou.
O especialista aconselhou ainda o público em geral a realizar análises sanguíneas, pois “é preciso ter a consciência de que podemos ter o vírus da hepatite C sem que o saibamos. É importante fazermos algumas análises de rotina bastante simples, mas que são mais do que suficientes para identificar a presença do vírus”, defende o especialista.
“É ainda importante recordar às estruturas sanitárias do país que existem outras pandemias que não a covid-19 e que merecem todo o empenho e orientação de recursos, que ainda por cima não são excessivos, para controlar de vez as hepatites, aliás em conformidade com o compromisso assumido há alguns anos entre os Estado Português e a Organização Mundial de Saúde”, acrescentou.
Na qualidade de atual presidente da SPG, Guilherme Macedo reforça que a estrutura que lidera “assume este combate pela eliminação da hepatite C como uma as suas prioridades cognitivas. De tudo faremos para exercer magistério de influência nesta matéria, dentro do que nos é possível, especialmente perante os 600 especialistas em Gastroenterologia em Portugal. Faremos ainda essa tomada de consciência perante o público, para a qual já preparadas sessões formativas”.
“Seremos sempre uma voz ativa, próxima e parceira daquilo que são as instituições de saúde do nosso país que queiram de facto resolver um problema como este [hepatites] e, cumprir a promessa feita à Organização Mundial de Saúde”, conclui Guilherme Macedo.
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