13 Jul, 2018

Greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica com adesão elevada

Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica refere que a adesão ultrapassa os 85% a nível nacional e que em alguns serviços centrais chegou aos 100%, estando apenas garantidos os serviços mínimos.

“Esta é a reação dos TSDTs [Técnicos Superiores das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica] à falta de respostas do Governo e ao “para arranca” das negociações, que consideram inadmissível”, lê-se na referida nota.

Essas negociações incluem o ajuste da tabela salarial, igualando-a a outras carreiras de igual exigência habilitacional e profissional, a transição para as novas carreiras e progressão salarial, o descongelamento de escalões e a contabilização do tempo de serviço, a remuneração dos Diretores, Coordenadores e Sub-coordenadores e a definição dos princípios do sistema de avaliação de desempenho a aplicar aos TSDTs

Luís Dupont, presidente do sindicato, avançou hoje à agência Lusa que os primeiros valores recolhidos apontam para uma adesão semelhante à anterior paralisação, no dia 22 de junho, podendo haver hoje algumas oscilações, uma vez que há já vários trabalhadores em gozo de férias.

Pelo Norte a adesão é “superior a 90%”, adiantou a sindicalista Alexandra Costa, indicando que nos hospitais de Santo António e São João, no Porto, “as análises clínicas, a radiologia e a farmácia estão a funcionar apenas com os serviços mínimos”.

No Alentejo, tal como aconteceu na greve anterior, a adesão à greve nas unidades públicas de saúde situa-se, em média, “entre 90% e 100%”, disse à agência Lusa Vítor Hugo Rego, dirigente do sindicato.

A média da adesão à greve na região Centro situa-se nos 85%, disse Fernando Zorro, vice-presidente do sindicato. No Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra há serviços, como radiologia ou análises clínicas, com adesão superior a 90%, onde estão a ser cumpridos “praticamente apenas os serviços mínimos”.

Em toda a região Centro, há vários serviços “fechados – aqueles que não têm de cumprir serviços mínimos – e outros estão apenas com os serviços mínimos, como é o caso de radiologia, farmácia ou análises clínicas”, salientou, realçando que há vários serviços com adesão a 100%. No Hospital de Leiria “só há praticamente serviços mínimos”, já na Guarda a adesão ronda os 80%, acrescentou.

O panorama, referiu, “é transversal” a todos os hospitais da região.

Pelo Algarve, a situação é diferente. De acordo com João Barnabé, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP),  os valores recolhidos no turno da manhã mostram que os profissionais em greve “rondam os 50%, não havendo constrangimentos nos serviços” nas unidades de saúde do Algarve. “Ao contrário da anterior paralisação [a 22 de junho], os números de hoje indicam uma menor percentagem de adesão à greve”, refere.

Segundo o sindicalista, estão a ser garantidos os serviços mínimos, alguns dos quais com trabalhadores que manifestaram a intenção de aderir à paralisação”.

Para hoje está também prevista uma concentração junto ao Hospital de Santo António que terá início às 17h, a partir de onde os TSDT’s seguirão para a Câmara Municial do Porto.

Saúde Online/Comunicado/Lusa

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