22 Nov, 2021

Falta de acessibilidades condiciona vida das pessoas com deficiência em Portugal

75% dos inquiridos revelou que as atuais acessibilidades não correspondem às suas verdadeiras necessidades.

Em Portugal, as acessibilidades continuam a ser um fator de exclusão social para as pessoas com deficiência, apurou o estudo “Desprende-Te!”, promovido pela Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN).

Segundo explica o presidente da APN, Joaquim Brites, o estudo, que permitiu “analisar alguns dados que dão resposta à pergunta de partida: «O que condiciona negativamente a inclusão social de pessoas com deficiência?»”, revelou que “a maioria das pessoas com deficiência ou algum tipo de incapacidade (75%) sente que as acessibilidades que existem atualmente não dão resposta às suas verdadeiras necessidades”.

No que diz respeito às acessibilidades nos transportes públicos, 70,3% dos inquiridos consideram que é o local onde existe uma grande dificuldade de acesso. Já 50,7% confirmou ter apresentado alguma reclamação ou sugestão para a sua melhoria, não tendo sido verificadas quaisquer alterações posteriores.

Ainda, segundo 84,5% dos participantes do inquérito, os estacionamentos para pessoas com mobilidade reduzida não são devidamente utilizados. Tendo isto em consideração, a preocupação relativa às questões das acessibilidades condiciona a participação social de 64,9% das pessoas presentes no estudo.

O mesmo estudo apurou ainda que “40% dos inquiridos, mediante a sua experiência pessoal, não sentem recetividade por parte das empresas para a contratação de pessoas com deficiência e incapacidade”, acrescentou Joaquim Brites.

Do mesmo modo, foi possível aferir que 56,1% dos inquiridos não consideram acessível o acesso à informação no que concerne os seus direitos e 60,1% avançam que as respostas sociais existentes não se adequam às diferentes fases da sua vida ou até mesmo de evolução da doença.

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