1 Jul, 2021

Cuidados intensivos podem atingir linha vermelha já em julho

Número de doentes em UCI duplicou no espaço de um mês e pode atingir limite estabelecido a nível nacional ainda em julho, prevê a FCUL.

O aumento significativo das novas infeções por SARS-CoV-2, para valores que não eram vistos desde fevereiro, já está a provocar um aumento constante nos internamentos em cuidados intensivos (UCI). As projeções da equipa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL)  apontam para que, a este ritmo, a linha vermelha (245 doentes em UCI a nível nacional) seja atingida ainda em julho.

“Em Lisboa os doentes covid em UCI já representam 25% das camas de cuidados intensivos, no Algarve 30%, no Norte 6%, mas com esta tendência de aumento a linha vermelha das 245 camas de cuidados intensivos poderá ser ultrapassada durante o mês de julho e aí pode haver um entendimento sobre a necessidade de mais medidas”, diz o investigador Carlos Antunes, da FCUL, declarações ao jornal i.

Apesar de a população mais vulnerável (acima dos 60 anos) já estar quase completamente imunizada com pelo menos uma dose, o número de doentes em UCI – que os especialistas dizem ser cada vez mais jovens – tem crescido de forma consistente ao longo do último mês. No último dia de maio, estavam internados 54 doentes em UCI; ontem, a 30 de junho, eram 120, quase o dobro.

Ao JN, o presidente da Comissão de Acompanhamento da resposta nacional em Medicina Intensiva alerta que o número de doentes em UCI na região de Lisboa vai aumentar para mais de 100, quando o máximo estabelecido para a manutenção da restante atividade programa dos hospitais é de 84. “Se tivermos 100, começamos a ter problemas graves porque alguma coisa vai ter de ficar para trás”, avisa João Gouveia.

SO

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