Brasil bate recorde de mortes por Covid-19, com 4249 óbitos em 24 horas
Esta é a segunda vez que o país, com 212 milhões de habitantes, soma mais de 4 mil óbitos em 24 horas. São mantém-se como foco da pandemia.
O Brasil registou um novo recorde de 4.249 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, num total de 345.025 vidas perdidas desde o início da pandemia, informou o executivo brasileiro.
Esta é a segunda vez que o país sul-americano, com uma população de 212 milhões de habitantes, soma mais de 4.000 óbitos em 24 horas. A situação anterior ocorreu na última terça-feira, quando o Brasil chegou às 4.195 mortes num só dia.
Além do novo recorde, o Brasil continua a ser o país com mais mortes registadas em 24 horas, muito acima dos Estados Unidos, país mais afetado pela covid-19 em números absolutos.
De acordo com o último boletim epidemiológico difundido pelo Ministério da Saúde, o país contabilizou ainda 86.652 novos casos de infeção nas últimas 24 horas, totalizando 13.279.857 diagnósticos confirmados de covid-19 desde que a pandemia chegou a solo brasileiro, em fevereiro de 2020.
A taxa de incidência da doença no país, que atravessa o seu momento mais critico da pandemia, é agora de 164 mortes e 6.319 casos por 100 mil habitantes.
São Paulo, foco da pandemia no país, chegou hoje às 80.742 vidas perdidas para a doença causada pelo novo coronavírus, após registar 1.229 óbitos nas últimas 24 horas.
Além de ser a unidade federativa com mais mortes no Brasil, é também a que concentra maior números de infeções, com 2.597.336 casos, mais do dobro de Minas Gerais, o segundo Estado com maior número de diagnósticos.
Com o sistema funerário pressionado pelo agravamento da pandemia, a prefeitura de São Paulo deu início a uma operação para abrir 600 valas por dia na capital paulista, estudando ainda a possibilidade de construção de um cemitério vertical.
“Todos os estudos apontam para uma maior procura de sepultamentos no país nos meses de abril e maio. Com base nisso, estamos ampliando a abertura de valas diárias para estarmos preparados, caso ocorra esse aumento”, disse o secretário de Subprefeituras, Alexandre Modonezi, ao jornal Estadão.
No momento em que a vacinação contra a covid-19 avança a um ritmo lento no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador brasileiro) aprovou hoje a realização de testes no país de um imunizante desenvolvida pela empresa canadiana Medicago R&D e a britânica GlaxoSmithKline (GSK).
A agência reguladora salientou que o ensaio clínico é composto por três estágios e o Brasil participará no terceiro, que corresponde à fase 2/3 do estudo em que se determinará a segurança e a eficácia deste medicamento contra a covid-19.
Este será o quinto estudo de vacinas contra a covid-19 autorizados pelas autoridades do Brasil, país com o segundo maior número de mortes pela doença, atrás dos Estados Unidos, e onde a pandemia continua descontrolada.
No último ano, os laboratórios Sinovac, Pfizer, AstraZeneca e Janssen realizaram estudos de vacinas em território brasileiro.
Os quatro imunizantes testados receberam o aval da Anvisa para aplicação no país, embora apenas duas delas – a vacina da Sinovac e a vacina da AstraZeneca – estejam disponíveis até ao momento na campanha nacional de imunização do Ministério da Saúde, iniciada em meados de janeiro.
Até agora, o Brasil aplicou a primeira dose de vacinas contra a doença em pouco mais de 22 milhões de pessoas e, desse total, 6,3 milhões receberam a segunda dose. Ao todo, foram administradas 28.404.667 doses no país, segundo dados compilados a partir das das secretarias estaduais de Saúde.