24 Out, 2024

BeyondMed. “A integração curricular e o associativismo são fundamentais para a modernização da Educação Médica”

No próximo dia 30 de outubro, decorre mais uma edição do BeyondMed, na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Inteligência artificial, diversidade cultural e social ou associativismo são alguns dos temas que irão ser abordados. A equipa da comissão organizadora faz uma antevisão.

BeyondMed. “A integração curricular e o associativismo são fundamentais para a modernização da Educação Médica”

O que se pode esperar do BeyondMed 2024?

O BeyondMed 2024 promete ser uma edição inovadora e enriquecedora, focada nos principais desafios e avanços da Educação Médica. Este ano, o congresso irá reunir especialistas, docentes e estudantes em mesas redondas, palestras interativas, uma sessão de teses em Educação Médica e num workshop de iniciação pedagógica, sendo que todas estas modalidades, no seu conjunto, visam abordar questões emergentes na esfera da Educação Médica – tais como a integração de novas tecnologias no ensino, a reforma do currículo médico vigente na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e uma reflexão sobre as melhores práticas na formação de profissionais de saúde. O objetivo é proporcionar um espaço de crítica, discussão, e partilha de conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e profissional de todas as pessoas participantes.

No programa vão abordar a integração curricular e o associativismo. Qual a sua importância para a Educação Médica?

A integração curricular e o associativismo são fundamentais para a modernização da Educação Médica. Por um lado, a primeira permite uma formação mais holística, promovendo uma visão interligada entre as várias disciplinas, o que facilita a compreensão e a aplicação prática do conhecimento. Por sua vez, o associativismo oferece à comunidade estudantil que nele se envolve a oportunidade de desenvolverem competências de liderança e trabalho em equipa, enquanto fazem advocacy junto de entidades externas que permitam melhorar o paradigma atual da educação médica – beneficiando, simultaneamente, todas as pessoas estudantes que não se embrenham tanto neste mundo. Juntos, estes elementos preparam melhor as pessoas estudantes para enfrentar a complexidade da prática clínica e as necessidades da comunidade.

“É fundamental que os futuros profissionais de saúde estejam conscientes das barreiras culturais e sociais e saibam adaptar a sua abordagem para proporcionar sempre um cuidado centrado no doente, pilar da Medicina do século XXI”

 A diversidade cultural e social é cada vez mais um tema da atualidade. Como alunos, quais as vossas principais preocupações neste âmbito?

Como estudantes de medicina reconhecemos não só a diversidade cultural e social que cada vez mais se observa na prática médica no nosso país, mas também a pouca preparação que os currículos atualmente vigentes oferecem para capacitar a comunidade estudantil nessa vertente. Assim, a nossa principal preocupação é garantir que a formação médica aborda as desigualdades que existem no acesso à saúde e como as diminuir, promovendo sempre a sensibilidade cultural e empatia pelos doentes. Deste modo, esperamos ter profissionais preparados para lidar com uma população de doentes variada, assegurando que os cuidados sejam oferecidos de forma equitativa e respeitosa. É fundamental que os futuros profissionais de saúde estejam conscientes das barreiras culturais e sociais e saibam adaptar a sua abordagem para proporcionar sempre um cuidado centrado no doente, pilar da Medicina do século XXI.

Em relação à Inteligência Artificial, esta é mais uma oportunidade ou uma ameaça à humanização de cuidados?

A Inteligência Artificial (IA) apresenta-se como uma oportunidade valiosa para a Medicina, mas também traz desafios que precisam de ser cuidadosamente geridos. A IA, por um lado, pode melhorar a precisão dos diagnósticos e permitir um acompanhamento mais eficiente dos doentes.

MJG

Notícia relacionada

10th Beyond MEd: “Esperamos mostrar perspetivas diferentes do ensino, nacionais e internacionais”

ler mais

Partilhe nas redes sociais:

ler mais