15 Set, 2021

Incentivos para exercer em zonas carenciadas não convencem médicos

O número de médicos contratados para estas zonas, ao abrigo de um regime especial, tem vindo a descer desde 2019.

O número de médicos que tem aderido aos incentivos relativos à ocupação de vagas em hospitais e centros de saúde em zonas carenciadas tem vindo a diminuir nos últimos anos, o que sugere que as medidas não são suficientes para convencer os profissionais de saúde, destaca o Jornal de Notícias.

De acordo com os dados disponíveis, o regime adotado pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) conseguiu cativar 358 médicos em 2019, 313 em 2020 e apenas 263 até julho deste ano. Só este ano, abriram mais 200 novas vagas neste regime, as quais poderão ser preenchidas até dezembro.

A dificuldade em contratar profissionais para zonas carenciadas e a falta de adesão às vagas disponíveis demonstra a dificuldade que o SNS tem tido na gestão de recursos humanos e na oferta de cuidados de saúde primários nestas regiões, o que ficou patente quando um terço das vagas para médicos de família ficaram por preencher no concurso deste ano.

A ministra da Saúde já reconheceu a existência deste problema e admitiu procurar melhorar os benefícios e apoios oferecidos a quem queira trabalhar nas zonas com carência identificadas. Marta Temido também voltou a prometer retomar o regime de exclusividade.

De acordo com os incentivos à mobilidade geográfica para estas zonas, o acréscimo salarial prometido (de 40% sobre a renumeração-base) é dado durante seis anos. Além disso, os médicos têm direito a mais dois dias de férias por ano e podem tirar outros 15 dias no caso de haver frequentarem uma formação ou no caso de estarem envolvidos em trabalhos de investigação.

SO

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