1 Ago, 2018

ARS Algarve faz 3.000 rastreios ao cancro de cólon e reto e deteta 95 positivos

A Administração Regional de Saúde do Algarve revelou esta terça-feira que, entre setembro e julho, encaminhou 95 utentes para o Centro Hospitalar Universitário da região após testes positivos no âmbito do rastreio do cancro do cólon e do reto.

Os dados revelados pela Administração Regional de Saúde (ARS) algarvia dão conta da realização de 3.000 testes de Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF), dos quais 95 casos foram positivos e encaminhados para a unidade hospitalar de referência na região, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), precisou o organismo num comunicado.

“Entre setembro de 2017 e a primeira quinzena de julho foram realizados cerca de 3.000 testes de PSOF no âmbito deste programa de rastreio. Destes, 95 (3,2%) foram positivos e encaminhados para o Centro Hospitalar Universitário do Algarve para a realização de colonoscopia, cumprindo os prazos clínicos estipulados pelo programa”, quantificou a ARS.

A mesma fonte referiu que, durante o mês de julho, foram realizados rastreios do cancro do cólon e reto aos utentes dos concelhos de Faro e de Olhão, ao abrigo “do programa de rastreios que arrancou no mês de setembro de 2017 na região” do Algarve como “projeto-piloto” destinado a “utentes da Unidade de Saúde Familiar (USF) Ria Formosa, em Faro, e da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) em São Brás de Alportel”.

Estas duas unidades integram o Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Algarve Central, que irá ficar totalmente coberto pelo rastreio até ao final do ano, quando o serviço for alargado aos utentes dos concelhos de Loulé e Albufeira, revelou também a ARS algarvia.

A mesma fonte esclareceu que os restantes concelhos do distrito de Faro, pertencentes aos “ACeS Sotavento e do ACeS Barlavento, serão progressivamente incluídos no rastreio no início de 2019”.

“Este rastreio, de base populacional, tem como público-alvo homens e mulheres dos 50 aos 75 anos, e tem como objetivo diminuir a morbilidade e mortalidade por cancro do cólon e reto, através da deteção e tratamento precoce das lesões encontradas, com melhoria da eficácia, eficiência da intervenção e da taxa de sobrevivência”, justificou a ARS do Algarve.

A mesma fonte precisou que as convocatórias para os rastreios são geridas e monitorizadas pelo “Núcleo de Rastreios da ARS Algarve” e “a leitura dos testes” é feita pelo Laboratório Regional de Saúde Publica do Algarve, Dra. Laura Ayres, localizado no Parque das Cidades, entre Faro e Loulé.

A ARS referiu ainda que “todos os utentes com teste de Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF) positiva são encaminhados para realizar a colonoscopia de ‘follow up’ [seguimento em inglês], no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), até 30 dias após a emissão do resultado”.

Estes procedimentos permitem, argumentou a ARS, “aumentar a taxa de sobrevivência, reduzir a proporção de cancros diagnosticados (…)”, mas também “diminuir as abordagens terapêuticas mais agressivas e melhorar a efetividade terapêutica” dos tratamentos.

LUSA

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