9ª edição do Beyond MEd vai refletir sobre a educação médica em Portugal

O evento, destinado também a médicos e professores, vai decorrer entre os dias 2 e 4 novembro na FMUL e pretende abordar os métodos de ensino e o futuro da educação médica em Portugal, dizem ao SaúdeOnline duas das alunas responsáveis pela organização. Inscreva-se.

“Do Sonho à Realidade: Formação Médica ao Longo da Vida” é o mote para esta 9.ª Edição do Beyond MEd, o Congresso de Educação Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), que tem como intuito promover o debate e a reflexão entre acerca da realidade do Ensino Médico em Portugal, procurando trazer à discussão novas possibilidades de crescimento e inovação em Educação Médica.

O Beyond MEd destina-se não só a alunos mas também a docentes, investigadores e clínicos. A iniciativa vai decorrer entre os dias 2 e 4 novembro na FMUL. Do programa constam palestras, workshops e uma competição de simulação. Durante três dias, vão ser abordadas as três etapas da formação médica: o momento pré-entrada para a faculdade, o decorrer do curso e o período pós-curso (com a preparação para o exercício da profissão médica).

“Tentámos construir o programa com tópicos que interessem a todos”, refere, em entrevista ao SaúdeOnline, Francisca Henriques, uma das alunas coordenadoras da 9.ª Edição do evento e estudante no 4.º ano do Mestrado Integrado em Medicina na FMUL, acrescentando que é necessário trazer para discussão e reflexão sobre educação médica “todos os que nela participam”. O objetivo é que no final do Beyond MEd algumas das conclusões retiradas da discussão sejam aplicadas, de modo a melhorar o ensino da Medicina nas escolas portuguesas.

Mas como olham os alunos de Medicina para o ensino médico praticado em Portugal? “O ensino médico tem vindo a evoluir, tanto a nível tecnológico como de métodos de ensino. No entanto, ainda há muitos aspetos a explorar e a aplicar”, sublinha Ana Cidrais ao SaúdeOnline, também ela uma das alunas coordenadoras da 9.ª Edição do Beyond MEd. A aluna do 3.º ano do Mestrado Integrado em Medicina na FMUL dá o exemplo do recurso a simuladores para praticar, de forma segura, algumas técnicas médicas no início dos cursos.

“Para além desta vertente tecnológica, também é importante que sejam explorados diferentes métodos de ensino, bem como procurar uma adaptação para um ensino médico cada vez mais inovador e moderno”, diz Ana Cidrais.

E qual a grande mudança de que o ensino médico precisaria nos próximos anos? “Apostar mais na tecnologia, uma vez que é para aí que o mundo caminha”, diz Francisca Henriques, sublinhando que é algo que complementa cada vez mais o trabalho dos médicos.

No entanto, ressalvou Ana Cidrais, “tendo todas as ferramentas tecnológicas, é importante não perdermos as valências que fazem um médico empático e dedicado ao doente”. “É, por isso, essencial promover técnicos de comunicação médico-doente”, acrescentou Francisca Henriques.

Pode consultar AQUI o programa completo do evento que promete abrir horizontes e estabelecer novas perspetivas sobre o atual estado da Educação Médica e Saúde em Portugal. As inscrições para docentes, médicos e investigadores estão abertas até dia 28 de outubro.

SO

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