16 Ago, 2022

Medidas preventivas reduzem casos de violência contra profissionais de saúde, revela estudo

A formação em comunicação e sistemas de apoio remoto são duas medidas que podem prevenir a violência em contexto de cuidados de saúde.

A Federação Internacional dos Hospitais (IHF) realizou um estudo internacional sobre violência na Saúde, juntamente com a Associação Médica Mundial (WMA), o Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN) e o Comité Internacional da Cruz Vermelha (ICRC). A recolha de dados decorreu entre maio e julho de 2021 junto de profissionais de saúde que integram estas entidades.

A violência no setor da saúde há muito que é um problema, tendo-se intensificado com a pandemia da covid-19, contudo os investigadores concluíram que houve menos casos nos países onde se adotaram medidas preventivas.  Os responsáveis do estudo apelam assim a que haja maior aposta em sistemas de apoio remoto, que permitam a denúncia, assim como a monitorização e a avaliação dos casos como forma de se entender “a magnitude deste fenómeno”.

Além disso, também recomendam a promoção da formação em comunicação, a fim de se otimizar a relação entre profissionais de saúde e utentes/familiares, que são os principais agressores. Sugerem também a criação de guidelines para se prevenir, reduzir e gerir a violência, mas sem se esquecer as respostas específicas de cada unidade e região.

Em Portugal, já foi criado um sistema de apoio remoto (linha direta, vídeo chamadas), disponível 24h/7 dias, que conta com psicólogos, além de um responsável pela coordenação da segurança que faz a ponte com as forças de autoridade.

Foi ainda apresentado o Plano de Ação para a Prevenção da Violência em Saúde, através de uma Resolução do Conselho de Ministros de Portugal (n.º 1/2022 de 5 de janeiro).

SO

 

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