12 Mar, 2018

Testes de VIH e hepatites nas farmácias sem necessidade de prescrição médica

Testes têm de garantir a privacidade e a confidencialidade. Resultados deverão demorar apenas 15 minutos a serem conhecidos. Os preços ainda não foram revelados.

As farmácias vão passar a poder fazer testes rápidos de rastreio ao VIH/sida e às hepatites B e C, sem necessidade de prescrição médica, segundo um despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República.

A notícia tinha sido já avançada pelo jornal Público de hoje e, entretanto, o despacho foi publicado em Diário da República, determinando que dentro de 30 dias estejam elaboradas as normas técnicas e organizacionais necessárias.

Os testes ao VIH e hepatites nas farmácias devem salvaguardar a confidencialidade e privacidade, define o despacho, sem detalhar de que forma isso deve ser feito. Segundo o despacho, o rastreio das infeções nas farmácias comunitárias e nos laboratórios de patologia clínica ou análises pode ser feito sem que tenha existido previamente prescrição médica.

Para definir as normas técnicas e organizacionais que permitam passar à prática a realização destes testes nas farmácias, devem ainda ser ouvidos vários organismos, como a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Farmacêuticos, as associações de farmácias ou os representantes dos laboratórios e analistas clínicos.

Segundo o Público, bastará, através de uma picada num dos dedos da mão, recolher três gotas de sangue. Passados 15 minutos, já se sabe o resultado do teste. Este tipo de teste, que agora é alargado às farmácias, já está disponível há anos nos hospitais e centros de saúde, em centros de aconselhamento de deteção precoce da infeção VIH/sida (CAD), nos centros de respostas integradas para comportamentos aditivos e dependências (CRI) e em diversas organizações de base comunitária, onde são gratuitos.

A Direção-geral da Saúde deve, no início do próximo ano, apresentar um relatório de avaliação da eficácia destes testes rápidos de rastreios nas farmácias e também nos laboratórios de patologia clínica.

No despacho, o Governo considera que a disponibilidade detestes rápidos em farmácias comunitárias é “ainda mais premente em zonas geográficas com maior prevalência” faz infeções por VIH ou hepatites e onde existam limitações ou constrangimento no acesso a estruturas de saúde.

LUSA/SO

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