30 Mai, 2025

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia recomenda rastreios precoces nas crianças

A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) alertou que uma em cada cinco crianças têm problemas de visão que podem prejudicar o rendimento escolar, razão pela qual recomendam a realização de rastreios o mais cedo possível.

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia recomenda rastreios precoces nas crianças

“Muitas crianças não se queixam de qualquer dificuldade, até porque se um olho vê bem e o outro é amblíope e mesmo quase não vê, tudo pode passar despercebido até à realização de uma avaliação da visão e da graduação que deve ser realizada pelo oftalmologista. Uma criança apenas com um olho bom pode não dar qualquer sinal de alerta”, disse o presidente da SPO, Pedro Menéres, que falava à Lusa nas vésperas do Dia Mundial da Criança que se celebra domingo.

Erros refrativos, ambliopia e estrabismo são as doenças que mais afetam as crianças, lê-se na informação divulgada pela sociedade, onde esta acrescenta que “uma grande percentagem de crianças em idade escolar tem défices da função visual que podem interferir com as capacidades de aprendizagem”.

O método ideal para identificação de eventuais problemas é o rastreio. “É fundamental realizar uma primeira observação oftalmológica, pelo menos, entre os 3 e os 4 anos, pois nesta idade a criança colabora habitualmente para uma avaliação com qualidade que surpreende os pais e conseguimos recuperar a maioria dos olhos amblíopes [também conhecidos por olhos preguiçosos]”, referiu Pedro Menéres.

Lembrando que “constituindo os erros refrativos [miopia, hipermetropia e astigmatismo] os problemas dos olhos com mais prevalência nesta faixa etária, a ambliopia e o estrabismo acabam por ter mais gravidade”.

Estima-se que cerca de uma em cada cinco crianças em idade escolar tenham défices de função visual provocados por uma destas patologias, bem como outras menos frequentes.

A SPO pede aos educadores, pais e outros familiares que estejam atentos. Pode ser considerado sinal de alerta quando uma criança se aproxima muito de um ecrã, livro ou da pessoa com quem está a interagir. Fechar ou tapar um dos olhos e os erros na escrita são outros sinais de alerta, bem como a vontade de esfregar os olhos ou as dores de cabeça, os olhos vermelhos ou lacrimejantes, estrabismo ou fotofobia (dificuldade em suportar a luz).

LUSA

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