18 Ago, 2020

Síndrome de fadiga crónica pode ser um efeito de longo prazo da Covid-19

De acordo com um inquérito feito pelo Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), 35% das pessoas infetadas com Covid-19 não regressam ao seu "estado normal de saúde"

Mais de um terço das pessoas que testaram positivo ao novo coronavírus, e que manifestaram sintomas, não se sentem completamente curados ao fim de 2-3 semanas após o teste positivo, de acordo com um novo relatório do Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (sigla em inglês CDC).

Desde 15 de abril a 25 de junho foram entrevistadas 292 pessoas de forma aleatória, com idades compreendidas entre os 18 e os 50 anos de idade. Cerca de 35% das pessoas disseram que não voltaram ao seu “estado de saúde normal”, de acordo com o relatório.

Entre as pessoas dos 18 aos 34 anos de idade, sem condições médicas crónicas anteriores, um em cada cinco disse que não se recuperou completamente, manifestando sintomas de longo prazo após contraírem o vírus SARS-CoV-2.

Dos inquiridos que desenvolveram sintomas tais como tosse, fadiga ou falta de ar na altura em que testaram positivo ao SARS-CoV-2, 43%, 35% e 29% respectivamente, continuavam com estes sintomas na altura em que foram entrevistados.

Os cientistas estão agora a estudar a possibilidade de o novo coronavírus criar problemas pós-virais, como a encefalomielite miálgica, também conhecida como síndrome de fadiga crónica. Alguns dos sintomas incluem névoa cerebral, fadiga, dor, problemas imunológicos e mal estar após realização de exercício físico.

Em declarações à CNN, a Drª. Ami Mac, do Centro de Tecnologia de Genoma da Universidade de Stanford, disse que “os sintomas a longo prazo da Covid-19 podem levar a um desastre de saúde pública e deixar um rasto de novos portadores de uma condição que parece uma ‘morte em vida’ para os afetados”.

SO/Medscape

Print Friendly, PDF & Email
ler mais
Print Friendly, PDF & Email
ler mais