Sindicatos médicos pedem “reunião urgente” com a ministra da Saúde
Pedido deve-se ao “rápido crescimento da incidência” da covid-19 e do número de clínicos infetados.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que pediram a reunião na terça-feira, afirmam num comunicado conjunto que “constatam com preocupação o rápido crescimento da incidência da doença e dos mortos, bem como do número de médicos infetados pelo vírus SARS-Cov-2”.
As estruturas sindicais alertam que muito dos médicos infetados têm necessidade de cuidados intensivos e de longos tratamentos.
Para a FNAM e o SIM, “a proteção dos profissionais de saúde deve ser uma prioridade” no combate à pandemia, para evitar o contágio aos doentes e a outros profissionais de saúde.
Contudo, advertem, “as múltiplas denúncias da falta de equipamento de proteção individual adequado são extremamente preocupantes”.
“O exemplo de outros países mostra-nos como a falta de rigor nas medidas de proteção dos profissionais de saúde tem consequências graves na saúde dos próprios, nos seus doentes e na população em geral”, sublinham.
Para os sindicatos, “o continuado aumento de casos positivos em Portugal, reforça a necessidade de uma organização do trabalho médico que otimize a assistência à população, mas que também proteja os médicos da exaustão e do abuso”.
“Como representantes dos médicos e dos seus direitos laborais, os sindicatos médicos solicitam uma reunião urgente sobre este problema”, que poderá ser sob a forma de videoconferência, referem no comunicado.
Segundo dados divulgados pelo Governo na segunda-feira, há 853 profissionais infetados pelo novo coronavírus, dos quais 209 são médicos e 177 enfermeiros.
SO/LUSA
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