28 Jul, 2021

Reunião Infarmed. Peritos propõem quatro níveis com diferentes medidas restritivas

Os especialistas explicam que as medidas deverão ser alteradas consoante a taxa total de portugueses com a vacinação completa.

Os peritos consultados pelo Governo na reunião que decorreu ontem (27 de julho) nas instalações do Infarmed propõem a criação de quatro níveis com diferentes medidas restritivas de acordo com a taxa de vacinação da população nacional.

De acordo com a proposta apresentada pela pneumologista Raquel Duarte, o nível 1, em que o país se encontra atualmente, contempla uma taxa de população com a vacinação completa entre os 50% e 60%. No nível 2, a taxa deverá rondar percentagens de esquema vacinal completo até aos 70%, no nível 3 até aos 85% e no nível 4, o último e menos restritivo, acima dos 85%.

Segundo explicam, em todos os níveis devem vigorar três medidas gerais: ventilação e climatização adequada dos espaços, utilização de certificado digital por rotina nos espaços públicos e a autoavaliação do risco.

Dentro dos vários âmbitos, os especialistas referem que enquanto a taxa de população com vacinação completa for abaixo dos 85% deve ser mantido o desfasamento de horários a nível laboral e o teletrabalho sempre que possível.

Sugerem ainda que assim que mais de 60% da população tiver o esquema vacinal completo, isto é, no nível 2, pode dispensar-se o uso de máscara no exterior, desde que a distância entre pessoas seja mantida.

Na área da restauração e similares (bares incluídos), no nível 1 estes devem estar abertos com medidas restritivas e uma redução na lotação no interior com um máximo de seis pessoas por mesa e, caso tenha esplanada, esta deve ser priorizada, com uma lotação máxima de 10 pessoas na mesma mesa.

No nível 2, mantém-se a lotação no interior, mas, no exterior, o número de pessoas por mesa passa de 10 para 15, sendo que no nível 3 o interior pode receber até oito pessoas na mesma mesa e desaparece a limitação no exterior. Quando mais de 85% da população tiver a vacinação completa, os peritos não integram qualquer restrição de lotação nos restaurantes e similares.

No comércio a retalho, todas as atividades devem cumprir as medidas gerais em qualquer dos níveis, o mesmo acontecendo na hotelaria, onde apenas as áreas de restauração devem cumprir as medidas acima definidas.

Nos transportes, a máscara deve ser obrigatória enquanto mais de 85% da população não tiver o esquema vacinal completo. Já nos grandes eventos no exterior e com espaço delimitado, propõem a criação de circuitos bem definidos de circulação e defendem que deve ser indicado o local onde a pessoa deve permanecer para que se cumpra o distanciamento.

SO/LUSA

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