19 Jan, 2021

Pedro Simas defende administração da 1ª dose a mais pessoas (sem violar o protocolo da Pfizer)

Alargar o prazo entre a primeira e a segunda toma permitiria que a primeira dose fosse administrada ao dobro das pessoas nas próximas semanas, defende o especialista.

O virologista Pedro Simas considera que Portugal pode “utilizar o protocolo da vacina” da farmacêutica Pfizer para dilatar o prazo entre a primeira e a segunda toma do fármaco, o que permitiria que a primeira dose fosse administrada ao dobro das pessoas nas próximas semanas.

“É muito importante dar as duas doses, mas a Agência Europeia do Medicamento já disse que não viola o protocolo da Pfizer dar a segunda toma entre o 21º e o 42º dia após a primeira toma. Ganhava-se três semanas”, assegurou.

Quanto à evolução da pandemia em Portugal, o especialista diz que tudo indicava que “alguma coisa era preciso fazer” para restringir a movimentação de pessoas e defendeu o reforço a vacinação dos grupos de risco.

“Tudo o que iniba o contacto entre as pessoas faz sentido” na fase em que se encontra o país, adiantou o especialista à Lusa, no dia em que o Conselho de Ministros extraordinário aprovou o agravamento das medidas restritivas determinadas na passada quinta-feira para combater a pandemia de covid-19.

Sobre as medidas anunciadas por António Costa, Pedro Simas adiantou que a sua eficácia na redução de infeções e de internamentos “depende também se as pessoas adirem” às restrições implementadas, recordando que na primeira vaga, na primavera de 2020, todos os países “só com medidas dramáticas é que conseguiram baixar” os números da pandemia.

“É preciso ir vendo e, em função dos números, apertar mais as restrições ou manter estas”, referiu o virologista, que considerou uma “excelente medida” o anúncio do primeiro-ministro de concluir a primeira toma da vacina contra a covid-19 nos lares de idosos até ao final da próxima semana.

“É aí que temos de nos concentrar, não só nos lares, mas também nos grupos de risco fora dos lares”, disse Pedro Simas, ao defender que, ao nível dos profissionais de saúde e das forças de segurança, devem ser vacinados os elementos considerados grupo de risco, libertando vacinas para administrar em mais pessoas.

SO/LUSA

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