4 Ago, 2020

P-BIO apresenta Plano Bio-Saúde 2030 para potenciar investimento em biotecnologia

A Associação Portuguesa de Empresas de Bioindústria acredita que biotecnologia é um dos "eixos importantes para recuperar a economia" e para "combater a pandemia".

A Associação Portuguesa de Empresas de Bioindústria (P-BIO), que congrega empresas ligadas ao setor da Biotecnologia e Ciências da Vida em Portugal, lança o plano estratégico Portugal Bio-Saúde 2030. O intuito é estimular o investimento nestes setores – Ciências da Vida e Biotecnologia – como forma de contribuir para uma economia baseada em conhecimento e na produção de produtos de alto valor acrescentado. A P-BIO acredita que biotecnologia é “fundamental” para “garantir a saúde do futuro”.

O Plano Portugal Bio-Saúde 2030, que já foi apresentado a vários Ministérios nos últimos meses para enriquecer o debate sobre o tema, pretende, segundo o comunicado da P-BIO, “posicionar Portugal como um centro de Investigação e Desenvolvimento em Biotecnologia e Ciências da Vida – tornando Portugal num Hub de I&DT – e um pilar estratégico da capacidade de produção na União Europeia (UE)”.

Entre as medidas, destacam-se as propostas de capacitar o tecido industrial da UE, de constituir uma reserva estratégica de capacidade produtiva para a UE em saúde, de atrair para o país polos de I&DT em Saúde, bem como de promover tanto o emprego altamente qualificado,  como a transferência de tecnologia com o financiamento de Fundos de Capital de Risco especializados em Ciências da Vida e ainda a investigação e o desenvolvimento clínico em Portugal. O documento completo com as medidas do Portugal Bio-Saúde 2030 pode ser consultado nesta hiperligação.

“A pandemia veio confirmar que é fundamental investir hoje para garantir a saúde do futuro. Preparámos, por isso, este plano estratégico, que coloca o foco na biotecnologia, que acreditamos que poderá ser um dos eixos importantes para recuperar a economia, tirando partido das capacidades nacionais nesta área de conhecimento e em alinhamento com o Plano de recuperação e o quadro financeiro plurianual para 2021-2027, que foi recentemente aprovado pelo Conselho Europeu”, sublinha Simão Soares, o presidente da P-BIO.

Relativamente à pandemia por COVID-19, o comunicado refere que o recurso às Ciências da Vida é “essencial para o combate à COVID-19” no respeitante aos seguintes aspetos: identificação do vírus e do diagnóstico dos doentes, através de testes laboratoriais de PCR; recurso aos testes serológicos, que identificam a incidência da infeção e utilizam anticorpos (produtos da biotecnologia); tratamento dos doentes, com medicamentos ou ventiladores que pertencem às áreas das Ciências da Vida, Farmacêutica, Bio-farmacêutica e Medtech; desenvolvimento de uma vacina.

Como membro da EuropaBio, a P-Bio permite uma interligação entre as empresas e os parceiros relevantes do Governo, investidores, agências reguladoras e outras instituições ligadas à indústria. O programa conta já com mais de 120 subscritores de diferentes instituições, entre os quais elementos da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED), Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Fundação Champalimaud, i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, Instituto de Medicina Molecular (IMM), Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), Pfizer, Bial, Hovione ou Sonae.

Comunicado/SO

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