Novo medicamento aumenta tempo de vida de doentes com cancro pancreático

Os investigadores acreditam que poderá ser uma mudança de paradigma no combate à doença, que tem baixa taxa de sobrevivência, desde que o tumor seja detetado e removido cirurgicamente antes de se espalhar.

Uma nova combinação de quimioterapia foi experimentada em França e no Canadá em doentes com cancro no pâncreas, que viveram mais tempo do que é habitual com esta doença.

Os investigadores, que divulgaram na passada segunda-feira as conclusões num congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, nos Estados Unidos, acreditam que poderá ser uma mudança de paradigma no combate à doença, que tem baixa taxa de sobrevivência, desde que o tumor seja detetado e removido cirurgicamente antes de se espalhar.

Após uma média de três anos de acompanhamento, quase 40% dos pacientes com folfirinox estavam livres da doença, em comparação com cerca de 20% dos que tinham o medicamento padrão, o Gemzar. Dois terços dos doentes conseguiram sobreviver mais três anos com a nova terapia em relação aos que receberam os tratamentos habituais. A nova terapia foi usada em 500 doentes, a quem foi ministrado o ‘folfirinox’, que junta quatro substâncias usadas em quimioterapia, em testes de comparação com a terapia habitual com um medicamento denominado ‘gemzar’.

Cerca de 330.000 casos são diagnosticados a cada ano em todo o mundo. Cerca de metade são diagnosticados após a disseminação da doença; a maioria dos pacientes morre dentro um ano depois do diagnóstico e a taxa de sobrevivência a 5 anos ronda apenas os 6%.

Os novos resultados são “reconfortantes para uma doença onde, infelizmente, as pessoas vivem apenas vários meses em vez de vários anos. Este é um novo padrão de tratamento para esta doença”, disse Andrew Epstein, especialista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, Nova Iorque.

LUSA / SO

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