A inflamação tipo 2 tem um papel central na fisiopatologia de várias doenças, como a dermatite atópica, asma e rinossinusite crónica com polipose nasal. O dupilumab, pelo seu mecanismo de ação de dupla inibição dos recetores IL4 e IL13, demonstrou eficácia e segurança no tratamento das três indicações terapêuticas já aprovadas.
No ensaio clínico com dupilumab na rinossinusite crónica com polipose nasal em que participaram doentes de 14 países, incluindo Portugal, “o dupilumab foi seguro e bem tolerado (...) Esperamos, assim, que muito em breve possamos dispor de mais esta arma terapêutica”, diz a otorrinolaringologista e diretora de Serviço no Centro Hospitalar do Baixo Vouga.
“Nos estudos de avaliação de eficácia do dupilumab, verificou-se ser eficaz nos doentes com inflamação tipo 2, com base na contagem dos eosinófilos e/ou do doseamento do óxido nítrico no ar exalado, dando oportunidade de tratamento a doentes sem documentação de eosinofilia”, explica a pneumologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
"Muitos dos doentes com dermatite atópica moderada a grave tinham dificuldade em controlar a sua patologia com as opções de tratamentos anteriormente disponíveis, até à chegada do dupilumab", afirma a imunoalergologista do Hospital Cuf Descobertas, em Lisboa.
Em média, os resultados da utilização do dupilumab em doentes com dermite atópica “são sobreponíveis aos que estão descritos na literatura e até um pouco melhores”, refere a dermatologista e diretora de Serviço no Centro Hospitalar Lisboa Central – Hospital dos Capuchos
“Identificámos três novas doenças dermatológicas onde a inflamação de tipo 2 pode desempenhar um papel importante - prurigo nodular, urticária crónica espontânea e penfigoide bolhoso – e parece existir evidência para o uso de dupilumab”, revela o vice-presidente e responsável global do Departamento Médico de Imunologia da Sanofi Genzyme.
