1 Jul, 2021

Ministério da Saúde e DGS alertam para ambientes digitais promotores de obesidade

Órgãos de referência lançam apelo que procura incentivar a proteção de crianças de ambientes que promovem comportamentos pouco saudáveis.

O Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde (DGS) lançaram o “Lisbon Call to Action – Para proteger as crianças dos ambientes alimentares obesogénicos”, uma iniciativa que procura incentivar o desenvolvimento de ações que protejam as crianças de meios digitais que promovem a obesidade.

O apelo à ação, que surge no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, além de ter o propósito de alertar para os perigos que os ambientes digitais apresentam no incentivo à criação de hábitos que podem provocar o excesso de peso, associado à adoção de práticas pouco saudáveis, também pretende “potenciar as oportunidades que a digitalização pode trazer para melhorar o acesso a uma alimentação saudável”.

Segundo revelam, estas entidades, em comunicado, já se tornou impossível não reconhecer “o papel determinante dos ambientes obesogénicos no contexto da luta contra a obesidade”, sendo essencial alertar os diversos atores, como o governo, os pais, famílias e escolas, para a necessidade de se alterarem as configurações aditivas associadas ao mundo digital.

“O período de tempo (cada vez maior) “a navegar” expõe a população continuamente à publicidade de alimentos que, em geral, são pouco saudáveis”, salientam, reforçando que “o mundo digital parece estar a modificar o consumo alimentar, o comportamento de compra e de preparação de alimentos”. Deste modo, existem grandes “ameaças que se colocam no combate à obesidade”.

No entanto, estes ambientes digitais “podem também trazer oportunidades”. Surgiram “ferramentas que podem ser essenciais para o planeamento e monitorização das políticas públicas para a prevenção da obesidade”, explicam.

Neste sentido, o apelo à ação dirige-se, além de às identidades de referência das crianças, aos “criadores de conteúdo digital, marketeers, produtores de tecnologia e operadores económicos do setor alimentar”, para que estes possam assumir o “compromisso de não publicitarem alimentos de má qualidade nutricional para crianças”.

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