8 Jun, 2018

Maioria das mulheres com cancro da mama pode não vir a precisar de quimioterapia

No caso das mulheres que tiveram uma pontuação baixa ou intermédia na análise da agressividade, conclui-se que não precisavam de quimioterapia. Este estudo, da Universidade de Harvard, pode, assim, inaugurar uma nova etapa no tratamento deste tipo de cancro.

Maioria das mulheres com cancro da mama pode não vir a precisar de quimioterapia

O maior estudo alguma vez realizado sobre tratamentos de cancro da mama concluiu que a maioria das mulheres com a forma mais comum da doença pode não ter de se sujeitar ao tratamento com quimioterapia, sem que isso afete as hipóteses de vencer a doença.

Com base nas conclusões deste estudo, da responsabilidade da Harvard Medical School (nos EUA), estima-se que cerca de 70 mil doentes que todos os anos nos Estados Unidos e em outros locais passam por este tipo de tratamento possam tratar a doença de outras formas. Cansaço, náuseas, vómitos, queda de cabelo são alguns dos efeitos secundários mais frequentes associados ao tratamento com quimioterapia.

Testes genéticos mostram que a maioria das mulheres não necessita de tratamento, além da cirurgia e dos bloqueadores hormonais e que a quimio não melhora a sobrevida. No âmbito deste estudo foram realizados testes genéticos a 10.273 mulheres. Foram analisados os níveis de actividade de 21 genes que funcionam como marcadores para se estabelecer o grau de agressividade do cancro. Assim, no caso das mulheres que tiveram uma pontuação baixa ou intermédia na análise da agressividade, conclui-se que não precisavam de quimioterapia.

Já quanto às pacientes que enfrentam um cancro agressivo, a quimioterapia continua a revelar-se indispensável. O estudo envolveu cancros no estadio inicial, antes de se espalhar pelos gânglios linfáticos, alimentado por hormonas e que não é alvo do medicamento Herceptin.

Os resultados do estudo foram discutidos este domingo numa conferência sobre cancro em Chicago e são publicados na revista científica New England Journal of Medicine.

LUSA / SO

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