Luís Galvão. “A melhoria mais visível com CPAP foi deixar de sentir sono durante o dia”
Diagnosticado há cinco anos com síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS), Luís Galvão relata a sua adaptação e as melhorias sentidas com o tratamento por pressão positiva contínua na via aérea (CPAP).
Depois de várias paragens respiratórias durante o sono – em que “acordava repentinamente e imediatamente me levantava como se tivesse uma mola e ficava durante mais ou menos um minuto a tentar respirar” –, Luís Galvão, um professor na casa dos 50 anos, decidiu procurar ajuda médica para perceber qual seria o seu problema.
Foi assim, passados quase quatro anos dos primeiros sinais e já depois de ver a sintomatologia agravada, que Luís descobriu que sofre de SAOS, um distúrbio do sono do foro respiratório, que se carateriza por uma obstrução ao nível das vias aéreas superiores durante o sono.
Face a este diagnóstico, o tratamento prescrito foi o mais comum para SAOS moderada a grave: o CPAP. Trata-se de um equipamento médico que funciona através do envio de uma pressão positiva contínua para as vias aéreas, por forma a mantê-las abertas e evitar o seu colapso e, por consequência, episódios de apneia, impedindo o encerramento das vias aéreas durante o sono e aumentando a pressão de ar na garganta.
De acordo com o paciente, “a adaptação [ao CPAP] foi muito rápida. Diria que de cerca de uma semana… Usando uma frase cliché, ‘primeiro estranha-se e depois entranha-se’. No início, claro que era uma ‘coisa’ estranha que estava ali na minha cara, acordava algumas vezes durante a noite, mas rapidamente também adormecia, até que acabei por me adaptar e deixei de acordar e dormia descansado toda a noite”.
Questionado sobre quais as principais melhorias que detetou em termos de saúde e qualidade de vida após o início do tratamento com CPAP, Luís Galvão destaca o fator da sonolência diurna excessiva (SDE). “Deixei de sentir tanto sono durante o dia e essa foi a principal melhoria. Antes do CPAP, podia dormir 10h numa noite, mas depois durante o dia andava tipo ‘zombie’, cheio de sono. Conduzir era um problema, principalmente em viagens mais longas… Cheguei a apanhar alguns sustos!”.
A par da melhoria com este tratamento, o paciente destaca as mudanças ao nível das rotinas, como uma alteração positiva na sua vida. “Tive que me habituar diariamente a ter os cuidados com a máquina, cuidar da máscara todos os dias e do recipiente da água e o facto de andar sem cansaço e de me sentir muito bem. Tudo isso acaba por ser uma boa alteração na minha vida”, conclui.
SO