8 Abr, 2024

Lançada linha de financiamento de 12 ME para serviços de Gastrenterologia do SNS

São elegíveis para este programa as despesas na compra de equipamentos para os serviços de Gastrenterologia, nomeadamente “equipamentos médicos considerados indispensáveis para a prestação de cuidados de saúde de qualidade”, estudos e projetos de intervenção infraestrutural nos serviços de Gastrenterologia, assim como as próprias obras.

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) lançou uma linha de financiamento específica com 12 milhões de euros para a atividade clínica de Gastrenterologia, nomeadamente para comprar equipamentos e melhorar infraestruturas.

Segundo informação hoje divulgada pela DE-SNS, são elegíveis para este programa as despesas na compra de equipamentos para os serviços de Gastrenterologia, nomeadamente “equipamentos médicos considerados indispensáveis para a prestação de cuidados de saúde de qualidade”, estudos e projetos de intervenção infraestrutural nos serviços de Gastrenterologia, assim como as próprias obras.

De acordo com o despacho publicado em Diário da República na semana passada, assinado pelo anterior ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o financiamento a atribuir insere-se no âmbito do processo de contratualização de cuidados de saúde no SNS e é formalizado mediante adenda ao contrato-programa das unidades de saúde do SNS para 2024, até ao limite de 12 milhões de euros.

Os projetos que podem beneficiar de incentivos financeiros devem incluir a realização de obras em serviços de Gastrenterologia ou compra de equipamentos para estes serviços de valor individual superior a 15 mil euros.

O Programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Serviços de Gastrenterologia do SNS prevê que os projetos estejam concluídos até final deste ano.

Segundo o regulamento, o financiamento pode atingir até 100% do valor das despesas elegíveis, incluindo o montante relativo ao Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), sendo valorizadas as candidaturas que consigam apoios exteriores ao Ministério da Saúde, provenientes de autarquias locais, entidades privadas, ou outras.

Citado no comunicado hoje divulgado, o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, destaca que a aposta na requalificação dos serviços de Gastrenterologia “é um investimento numa das áreas mais relevantes da medicina e assegura condições para melhorar não apenas o rastreio oncológico, quer do cancro colorretal, quer do cancro gástrico, como o seu diagnóstico e efetivo tratamento”.

O anúncio do arranque dos primeiros Centros de Responsabilidade Integrados (CRI) dedicados à Gastrenterologia, que vão avançar em seis unidades do SNS, foi feito em março.

Na altura, a portaria publicada explicava que os projetos-piloto para a Gastrenterologia iam arrancar nas unidades locais de saúde de Coimbra, hospitais de Santa Maria, Santo António, São João, São José e Instituto Português de Oncologia de Coimbra, com a duração de nove meses.

Em Portugal, as doenças oncológicas estão entre as principais causas de morte, nomeadamente os tumores do sistema gastrointestinal.

O cancro do cólon e reto é o segundo tipo de cancro mais frequente em Portugal, sendo responsável por 9% dos óbitos por cancro, e o do estômago é o quinto mais frequente, causando 8% dos óbitos por cancro.

A doença hepática crónica é causadora de múltiplas complicações que se associam à necessidade de admissão hospitalar frequente e redução da qualidade de vida dos utentes.

 

LUSA

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