29 Jun, 2018

Instituto Politécnico de Leiria promove workshop de fotografia para pessoas cegas

No próximo dia 30 de junho, a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria promove um workshop para ensinar técnicas e estratégias de fotografia para pessoas cegas, anunciou a instituição.

“A iniciativa promete a partilha de técnicas e estratégias que permitam que as pessoas com deficiência visual se exprimam por meio da fotografia, bem como visa sensibilizar os profissionais da área da comunicação visual para a necessidade de formação sobre esta temática”, informa uma nota de imprensa do estabelecimento de ensino do Instituto Politécnico de Leiria.

À agência Lusa, a coordenadora do mestrado em Comunicação Acessível da escola, Carla Freire, declarou que o ‘workshop’, de seis horas e denominado “Fotografia para pessoas cegas – técnicas e estratégias”, pretende “explicar, de uma forma sucinta, como é que pessoas cegas ou com baixa visão podem utilizar a fotografia como um meio de expressão”.

“Esta iniciativa vem no âmbito do mestrado, no qual uma estudante, agora mestre, tem vindo a trabalhar no Brasil em oficinas para pessoas cegas”, adiantou Carla Freire, referindo que a aluna, Andrea Gurgel de Freitas, o ano passado “deu continuidade ao trabalho desenvolvido a explorar essas técnicas e estratégias”, cujos resultados serão apresentados na formação no sábado.

A docente Carla Freire referiu ainda que, “tudo correndo bem, o Instituto Politécnico de Leiria gostaria de desenvolver este tipo de formação mais vezes”, atendendo a que “em Portugal existem muitas lacunas nesta área”.

Para já estão inscritas 30 pessoas, incluindo da ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal e da CEERIA – Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça, sendo que a atividade, “inclusiva e inovadora, é gratuita e aberta a toda a comunidade”.

“Há pessoas cegas que vão estar presentes, o que vai permitir uma maior interação entre os participantes, cruzando as diferentes perspetivas ou diferentes visões, porque apesar de não verem com os olhos, utilizam outros sentidos para verem”, salientou Carla Freire.

LUSA/SO

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