11 Abr, 2018

Hospitais privados insistem em alterações na tabela de preços da ADSE

Os hospitais privados insistem na integração de temas na nova tabela de preços dos beneficiários da ADSE. Noutro plano, os membros do Conselho Geral e de Supervisão do instituto não se entendem quanto ao universo de trabalhadores abrangidos por um futuro alargamento.

Os hospitais privados insistiram ontem na integração de temas na nova tabela de preços dos beneficiários da ADSE, que, dizem, continuam a ser protelados pelo Instituto Público.

A ADSE, um subsistema de saúde para a administração pública, “continua a protelar a integração de temas, com os quais já concordou, na Tabela de Preços e Regras 2018”, diz-se num comunicado da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) divulgado esta terça-feira.

Os hospitais privados consideram que a inclusão desses temas é essencial para que continuem a negociar, e dizem também que as constantes alterações na tabela representam enormes custos para os hospitais privados, que “exigem uma célere estabilização do documento”.

A 1 de abril entrou em vigor a nova tabela de preços a pagar aos prestadores de cuidados de saúde aos beneficiários da ADSE, após meses de negociações com os operadores e uma adenda com 15 alterações.

Inicialmente prevista para entrar em vigor a 1 de março, a nova tabela de preços foi objeto de negociação entre a ADSE e os operadores privados, representados pela APHP, após uma proposta inicial ter sido recusada pelos convencionados.

De acordo com o comunicado, os privados dizem que os beneficiários da ADSE vão pagar mais se recorrerem aos serviços de urgência e insistem que não há razão para “protelar a incorporação” na tabela de temas que ADSE e APHP “definiram como essenciais”.

O cronograma para a adoção da tabela da ordem dos médicos, o pagamento de consumos e fármacos em atos de medicina intrusivos, chamadas de especialistas em serviço de urgência, a instituição de um mecanismo de utilização de preços, ou o cumprimento do normativo legal sobre os prazos de pagamento são alguns dos temas que a APHP quer ver integrados na tabela de preços.

No final de março, a ADSE publicou no seu ‘site’ a nova tabela, mas os operadores privados afirmaram que a mesma tinha “erros e imprecisões”, alguns deles corrigidos no início do mês e comunicados aos hospitais privados.

Noutro plano, o jornal Publico, noticiava ontem que os membros do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE não chegaram ainda a um consenso quanto ao universo de trabalhadores que podem entrar no sistema, na reunião que se realizou segunda-feira.

O presidente do instituto, Carlos Liberato Baptista, defende a abertura do sistema aos trabalhadores de empresas públicas e de fundações, aos membros de gabinetes de políticos, aos titulares de cargos públicos, aos gestores públicos e aos ex-políticos a receber subvenções vitalícias. Por outro lado, os representantes dos sindicatos e dos beneficiários querem um alargamento mais limitado.

LUSA/ SO

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