25 Ago, 2022

Hospitais do Grande Porto registam “oscilações” na dádiva de sangue

A Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue apela à dádiva de sangue, lembrando que “todos os dias são necessárias 900 a mil unidades ”.

Os principais hospitais do Grande Porto registam “oscilações” e “constrangimentos pontuais” nas reservas de sangue, com “maior necessidade” nos tipos A+ e O+, admitindo hoje à Lusa incrementar as campanhas de apelo à dádiva.

Em resposta à agência Lusa, o Centro Hospitalar e Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, apontou que “existe alguma estabilidade, com reservas para sete dias” e que, “neste momento, o grupo de sangue com menos dias de reserva é O+”.

Já o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) admitiu que, “em termos de concentrados de eritrócitos, alguns grupos como A e O, os mais frequentes em termos fenotípicos na população, são indubitavelmente aqueles que carecem de maior consumo, podendo haver constrangimentos pontuais e necessidade de aquisição externa”.

O recurso ao exterior é uma realidade que o Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUPorto) conhece, tendo fonte desta unidade, que inclui o Hospital de Santo António, referido à Lusa que a autossuficiência tem sido possível “em alguns períodos”, mas é necessário recorrer “frequentemente” ao fornecimento de outras instituições.

“Nesta data, o CHUPorto apresenta um estoque modesto de glóbulos vermelhos dos grupos A e O: 56 e 79 unidades de eritrócitos, respetivamente. Há oscilações de dádivas ao longo do ano”, disse a mesma fonte.

À Lusa, os três centros hospitalares descreveram as diligências que têm levado a cabo para aumentar o número de dadores de sangue, nomeadamente as campanhas de sensibilização junto da população.

“A sociedade tem de encarar este processo como um dever de cidadania, um ato de enorme generosidade”, considerou o CHUSJ.

Neste hospital há um parque de estacionamento específico para os dadores de sangue, com entrada própria, e o horário do serviço é de segunda a sexta-feira, das 08:30 às 19:15, aos sábados, das 09:00 às 12:30 e das 14:30 às 19:15, e aos domingos e feriados, das 09:00 às 12:30.

Já o Banco de Sangue do CHVNG/E está localizado na Unidade I, no Monte da Virgem (Vila Nova de Gaia), e está aberto de segunda a sexta-feira, entre as 08:00 e as 17:30.

No CHUPorto, as colheitas são feitas no edifício do Centro de Cirurgia de Ambulatório (CICA), na Rua Dom Manuel II, de segunda a sexta-feira, das 08:30 às 18:30, e ao sábado, das 08:30 às 12:30 (nesta manhã, mediante agendamento).

Na segunda-feira, a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES), num apelo nacional às dádivas, divulgou que as reservas de sangue para os tipos A+ e O+ só chegam para quatro dias e as dádivas estão “neste momento abaixo do desejável”.

“As dádivas de sangue estão neste momento abaixo do desejável e ideais, nomeadamente no que se refere aos concentrados eritrocitários dos grupos “A positivo”, “O positivo”, com reservas para cerca de quatro dias, todos os outros grupos sanguíneos apresentam dias de reserva superiores”, segundo o comunicado da FEPODABES.

LUSA

 

Notícia relacionada

Reservas dos dois tipos de sangue mais comuns só chegam para quatro dias

Print Friendly, PDF & Email
ler mais
Print Friendly, PDF & Email
ler mais