8 Out, 2021

Dislexia em crianças: escolas são incapazes de acompanhar e identificar alunos

A Associação Portuguesa de Dislexia alerta para “falha no sistema” junto das crianças portuguesas e reforça que formação dos professores é essencial.

No âmbito do Dia Mundial da Dislexia, que se assinala a 10 de outubro, a DISLEX – Associação Portuguesa de Dislexia alerta para a incapacidade das escolas em identificar e acompanhar os alunos com dislexia. A presidente da assembleia geral da DISLEX, Helena Serra, confirma uma “falha no sistema” junto das crianças portuguesas.

Segundo revela a associação em comunicado, cerca de 10% das crianças em Portugal têm perturbações da aprendizagem relacionados com a dislexia, condição que também se verifica em 48% dos alunos com necessidades educativas especiais.

“Perante estes números, é importante salientar que há ainda muitos casos por identificar. É aqui que o nosso sistema falha, porque este é um problema com origem na formação dos professores, que não prevê este tipo de formação específica de forma obrigatória. Deste modo, muitos casos acabam por ser detetados já numa fase tardia da vida da criança, o que se traduz posteriormente em insucesso escolar, em muita frustração ou até em problemas emocionais.”, confirma Helena Serra.

É neste sentido que é reforçada a formação dos professores como sendo um fator essencial para garantir uma prevenção adequada da dislexia, a sua identificação atempada e um melhor acompanhamento das crianças disléxicas. “Só depois da identificação destes casos por parte dos profissionais de educação é que a psicologia pode intervir”, acrescenta.

Para consciencializar acerca deste tema, a DISLEX vai promover o VII Congresso Internacional de Dislexia nos dias 22 e 23 de outubro de 2021, em formato virtual, destinado a educadores de infância e professores dos ensinos básico e secundário, professores de educação especial e ainda a pais e encarregados de educação.

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