3 Nov, 2022

Desacordo sobre retroativos leva a reunião suplementar entre enfermeiros e Governo

O encontro será entre Carlos Ramalho, presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal e o Ministro por não haver entendimento quanto à questão da retroatividade dos pagamentos.

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) e o Governo voltam a reunir-se na próxima semana, depois de não terem chegado a acordo sobre o pagamento dos retroativos nas negociações que decorreram ontem, 2 de novembro. “Ficou marcada uma reunião suplementar para a semana, porque há de facto matérias em que não estamos de acordo”, adiantou à Lusa o presidente do SINDEPOR, no final de mais uma reunião negocial com o Ministério da Saúde sobre a reposição dos pontos perdidos pelos enfermeiros aquando da transição para a nova carreira.

“O ministério só quer pagar retroativos a partir de 2022 e nós entendemos, como é óbvio, que esse processo deveria ter acontecido em 2018 e esses retroativos têm de corresponder a essa data”, adiantou Carlos Ramalho, presidente do SINDEPOR. Da parte do sindicato, “não aceitamos de forma nenhuma as condições que o ministério quer impor”, salientou, ao reconhecer que, com a marcação de uma nova reunião, o Governo manifestou “abertura” para ponderar esta matéria.

“Qualquer enfermeiro, enquanto cidadão, se dever dinheiro ao Estado, tem de pagar multa e juros de mora. Compete ao Governo ser igual”, alegou.

A reunião que decorreu ontem deveria ter sido a última ronda entre sindicatos e o Ministério da Saúde, no âmbito das negociações que se iniciaram em abril ainda com o anterior ministra da Saúde, Marta Temido. Devido à sua demissão de Marta Temido, estas negociações ficaram suspensas, tendo sido retomadas em 26 de outubro já com a nova equipa do ministro Manuel Pizarro.

LUSA

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