28 Jan, 2020

CH Póvoa/Vila do Conde faz escalas de Obstetrícia abaixo dos mínimos

Médicos obstetras viram o pedido para aumentar os médicos na escala recusado e já entregaram um pedido de escusa de responsabilidade.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) acusa o Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/ Vila do Conde de colocar apenas dois médicos na escala do Serviço de Obstetrícia, quando o mínimo previsto para aquele hospital são três especialistas.

Num texto publicado na sua página, o SIM lembra que “as determinações técnicas para os serviços de Obstetrícia que efetuam mais de 1.200 partos por ano, como acontece com o Urgência de Obstetrícia e Bloco de Partos do Centro Hospitalar da Póvoa/Vila do Conde, são bem claras, visando a correta assistência e segurança das parturientes: as equipas de urgência têm de ser formadas por três especialistas em presença física (podendo o 3º especialista ser um Médico Interno da especialidade do 2º ao 6º ano)”.

Perante a falha no cumprimento das normas, os médicos obstetras do hospital “alertaram o Diretor do Serviço no sentido de elaborar escalas de urgência com três elementos a partir de janeiro de 2020, tendo o mesmo solicitado autorização ao Conselho de Administração para a elaboração das referidas escalas”, escreve o SIM.

Contudo, o Conselho de Administração negou o pedido, alegando que “o facto de se ter alcançado os 1.200 partos ano pela primeira vez nos últimos 10 anos pode ter sido um acontecimento esporádico e que não se irá manter no próxima ano, motivo pelo qual consideram que se deve manter escalas com dois elementos e futuramente (não especificando quando) esse pedido seria reavaliado”.

Perante isto, o SIM afirma que “os Obstetras têm assim que continuar a desdobrar-se na realização de várias atividades em simultâneo, aumentando assim o risco de haver um acidente (que pode ter consequências graves)”.

O sindicato avança ainda que os especialista entregaram, em dezembro, “um pedido de escusa de responsabilidade ao Diretor de Serviço e posteriormente ao Presidente do Conselho de Administração e ao Diretor Clínico, e denunciaram a situação à Ordem dos Médicos”.

TC/SO

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