2 Set, 2020

Aprovado primeiro curso de Medicina no privado. Alunos só em 2021

Depois de chumbado em dezembro, o curso da Universidade Católica tem agora luz verde para avançar. Curso terá grande vertente prática.

O curso de Medicina da Universidade Católica Portuguesa (UCP) foi acreditado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Trata-se da primeira vez que uma faculdade privada é autorizada a ensinar Medicina em Portugal.

O anúncio foi feito esta terça-feira pela reitora da UCP, Isabel Capeloa Gil, que fala num “(…) grande dia para o Ensino Superior e para o sistema científico nacional”. O responsável pelo curso será o professor universitário e hematologista António Medina de Almeida.

 

“No ano passado, a proposta que nós apresentámos não foi aprovada por preocupações em relação à exequibilidade e à qualidade. Nós alterámos a proposta, de acordo com as sugestões da Agência da Acreditação e da Ordem dos Médicos, de maneira a que a proposta foi este ano claramente de encontro àquilo que nos foi sugerido, portanto o nosso curso foi aprovado com base na qualidade do curso que nós vamos propor”, sublinha António Medina de Almeida, em declarações ao Observador.

Primeiros alunos só entram em 2021

Sempre que é autorizado um curso, a A3ES concede autorização de funcionamento por um ano, ao fim do qual, se as condições continuarem reunidas, essa autorização é prolongada por mais três anos. No entanto, o diretor da Faculdade de Medicina da Católica garante que antes de setembro de 2021 não haverá alunos de Medicina na Católica. “Temos a autorização, agora ainda temos de fazer obras e de preparar o edifício, este ano é impossível abrir o curso, estamos a 2 de setembro”, refere Medina de Almeida.

Contacto com doentes logo no terceiro ano

Sobre o curso, o responsável explica que vai ser privilegiada uma “metodologia muito centrada no aluno, em que a aprendizagem é feita à base de resolução de problemas” em detrimento de uma “educação passiva”. “A partir do primeiro ano já têm treino clínico e a partir do terceiro já têm contacto com doentes”, acrescentou o médico.

TC/SO
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