27 Dez, 2021

Apesar de “ritmo feroz” de propagação da Ómicron, UE está melhor que há um ano

A presidente da Comissão Europeia defende que a resposta assenta no aumento da vacinação e na adoção de medidas de proteção.

A presidente da Comissão Europeia alertou para o “ritmo feroz” de propagação da variante Ómicron do SARS-CoV-2, que causa a covid-19. Ainda assim, Ursula Von der Leyen vincou que a União Europeia (UE) está “melhor que há um ano”.

“Mesmo quando lutamos ainda contra a [estirpe] Delta, sabemos que a variante Ómicron está realmente a ameaçar-nos, está a espalhar-se a um ritmo feroz e tem potencialmente o risco de escapar às nossas vacinas. [Além disso], pelo menos parcialmente, sabemos que os nossos sistemas de saúde estão sobrecarregados neste momento e isto está em parte ligado ao grande número de pacientes não vacinados”, ilustrou a líder do executivo comunitário, em conferência de imprensa.

Em declarações prestadas após um Conselho Europeu dominado em parte pela degradação da situação epidemiológica da covid-19, e numa altura de elevados contágios, a responsável vincou que “a resposta só pode ser aumentar a vacinação, nomeadamente para incluir crianças com mais de cinco anos de idade, e adotar medidas de proteção”.

Ainda assim, “também há esperança”. Ursula von der Leyen destacou que a UE está hoje “numa posição muito melhor do que no ano passado”, nomeadamente por mais de 67% da população total ter já o esquema de vacinação completo, quando há um ano as vacinas ainda estavam a chegar ao espaço comunitário.

No que concerne o desenvolvimento de novas vacinas adaptadas, o objetivo é, desde logo, que todas as farmacêuticas com as quais a UE tem contratos assinados as desenvolvam “no prazo de 100 dias”, prazo após o qual o regulador europeu – a Agência Europeia de Medicamentos – “utilizará o procedimento mais simplificado possível para avaliar qualquer desenvolvimento”, referiu

No que toca às doses já entregues aos 27 membros da UE, Ursula von der Leyen adiantou que “a Comissão cumpriu os seus compromissos de fornecer aos Estados-membros milhões de doses para levar a cabo as campanhas de vacinação”.

“Na verdade, são mais de mil milhões de doses entregues, e continuamos a encorajar os Estados-membros a encomendar as quantidades necessárias para os meses que se seguem”, salientou, numa alusão também às doses de reforço

 

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