Portugal vai fazer ensaios clinícos ao plasma de doentes recuperados
Estudo começar em maio, anunciou o secretário de Estado da Saúde, e deverá abranger doentes moderados e graves.
“Existe uma vontade grande por parte de diversas instituições de o fazer em termos de ensaios clínicos numa fase inicial”, disse António Lacerda Sales na conferência de imprensa diária realizada na Direção-Geral da Saúde (DGS) para divulgação do boletim epidemiológico da covid-19, quando questionado sobre a utilização de plasma de doentes recuperados.
O secretário de Estado afirmou que “estão incorporados nesta vontade” a DGS, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), que estão neste momento a analisar um conjunto de critérios e de fatores, como o consentimento informado e a “tecnologia para anticorpos neutralizantes”.
“Há todo uma tecnologia que tem de ser previamente avaliada”, frisou, dando conta que vai ser definido um grupo para que se possa avaliar e validar o início destes ensaios clínicos, que podem começar em maio e com doentes “moderados e graves”.
“Estes ensaios clínicos começarão por doentes moderados e graves e não muito graves como muitas vezes tem sido transmitido para a opinião pública. Será um pouco esta a estratégia que utilizaremos. Queríamos ver se até ao final do mês podíamos ter toda esta uniformização perfeitamente contemplada para iniciarmos estes ensaios clínicos”, disse ainda.
SO/LUSA