Ébola: Número de mortes na RDCongo subiu para 652 e de casos para 1.044
Dos 652 mortos até quarta-feira, 586 mortes foram confirmadas laboratorialmente, enquanto se registaram 65 óbitos prováveis pela contaminação do vírus Ébola
O número de mortes provocadas pelo Ébola nas províncias congolesas de Kivu Norte e Ituri aumentou para 652 desde 01 de agosto até quarta-feira, indicou o Ministério da Saúde da República Democrática do Congo (RDCongo).
Desde o balanço de 23 de março, morreram mais 23 pessoas na RDCongo num período de quatro dias, em consequência da contaminação pelo vírus Ébola.
Igualmente até quarta-feira, o Ministério da Saúde da RDCongo, que trabalha com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e organizações não-governamentais, diagnosticou 1.044 casos de contágio, dos quais 978 foram confirmados laboratorialmente e 66 considerados prováveis.
O número de pessoas recuperadas nos centros de intervenção no nordeste da RDCongo fixou-se em 325, mais quatro do que o registado em 23 deste mês.
Declarada em 01 de agosto de 2018, esta epidemia de Ébola, que se transmite por contacto físico através de fluidos corporais infetados e que provoca febre hemorrágica, foi constatada em Mangina, na província de Kivu Norte.
O Governo da RDCongo admitiu que a epidemia de Ébola é já a maior da história do país relativamente ao número de contágios.
A RDCongo foi atingida nove vezes pelo Ébola, depois da primeira aparição do vírus naquele país africano, em 1976.
É a primeira vez que uma epidemia de Ébola é declarada numa zona de conflito, onde existe uma centena de grupos armados, o que leva à deslocação contínua de centenas de milhares de pessoas que podem ter estado em contato com o vírus.
A insegurança complica e limita o trabalho dos profissionais de saúde que sofrem ataques ou mesmo sequestros realizados por grupos rebeldes.
LUSA/SO