SIM acusa Governo de “postura displicente” face a ausência de resposta a reivindicações dos médicos

“O relógio continua a andar e o tempo a escassear cada vez mais, com a capacidade de resposta do SNS a ficar cada vez mais deficiente e a possibilidade de ocorrências trágicas a crescer”, afirma o SIM em comunicado, acrescentando que operações de reorganização “são pensos rápidos”.

O sindicato refere que os responsáveis governamentais evidenciam uma “postura displicente” tendo em conta as reivindicações dos médicos, nomeadamente no que diz respeito à “falta de atualização salarial condizente com a penosidade, risco e responsabilidade da sua atividade”.

O SIM garante que “não vai abdicar da satisfação das justas medidas que se impõem”, desde logo, a “redução do período semanal de trabalho normal para 35 horas, das quais até 12 horas destinadas a trabalho em urgência, e atualização salarial que colmate a perda do poder de compra constatada em todos estes anos”. “Uma atualização transversal para todos os médicos de todos os regimes de trabalho (35 horas, 40 horas, 42 horas em DE e não esquecendo os Médicos Internos). Sem agravamento de condições laborais ou perda de direitos adquiridos. Não dependente do trabalho extraordinário nem de suplementos, acréscimos remuneratórios esses que devem ser isso mesmo: suplementar”.

O sindicato dos médicos termina salientando que desde o começo das negociações sempre se mostrou “disposto a chegar a um acordo e inclusive aceitando um faseamento no tempo da aplicação das medidas indicadas, permitindo uma adaptação da gestão e desempenho do SNS”. “Essa postura mantem-se”, conclui o SIM.

CG 

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