14 Set, 2022

Rede de clínicas de reabilitação pode ficar em risco, avisam empresas

A Associação Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação pede uma atualização urgente dos preços das convenções com o SNS e com a ADSE, sob pena desta rede assistencial ser posta em risco.

As empresas prestadoras de cuidados de saúde na área da reabilitação física alertam para as dificuldades financeiras que estão a enfrentar para conseguirem manter os tratamentos aos doentes. A Associação Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (APMFR), que agrega grande parte destas empresas, pede, por isso, uma atualização urgente dos preços das convenções com o SNS e com a ADSE, “sob pena de esta rede assistencial ser posta em crise e em risco”.

Em causa está o aumento dos custos com os profissionais de saúde, energia e consumíveis e também a escassez de recursos humanos. Em comunicado enviado ao SaúdeOnline, a APMFR sublinha que, para além dos “custos acrescidos com a mão-de-obra especializada e intensiva, [as empresas] são confrontadas com extrema dificuldade na contratação de recursos humanos, por si gerador de inflação das remunerações, mas também com novos custos, como os decorrentes do surto pandémico, inicialmente transitórios, e que passaram a definitivos”.

Os consumíveis e os EPI´s (equipamentos e proteção individual) terão sofrido um aumento de preços na ordem dos 9%, no que é o valor mais elevado desde 1992. Também aumentou a despesa com a energia, diz a APMFR, a que se soma “o já certo aumento de rendas no final do ano”.

Perante este cenário, a empresas que trabalham na área da reabilitação física lembram que a atualização das tabelas do SNS e dos demais bub-sistemas “é um imperativo de justiça” e recordam que a última atualização de fundo ocorreu há já 18 anos e que o preço médio de cada ato é de 1,90€.

A rede de MFR convencionada com o SNS dá resposta a populações que não têm seguros de saúde nem beneficiam de Sub-sistemas de saúde, como é o caso da maior parte da população portuguesa, e a parte mais desfavorecida, que só tem uma cobertura – o SNS.

A rede convencionada de MFR conta com cerca de 280 unidades em todo o país, que levam a cabo mais de 50 milhões de atos por ano.

SO/COMUNICADO

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