28 Fev, 2020

Radiação de telemóveis aumenta risco de cancro da tiróide

Estudo da Escola de Saúde Pública de Yale indica que risco mais que duplica em pessoas com determinadas variações genéticas.

A radiação dos telemóveis está associada a taxas mais altas de cancro da tiróide entre pessoas com variações genéticas em genes específicos, de acordo com um estudo levado a cabo pela Escola de Saúde Pública de Yale.

Os investigadores estudaram 176 genes no total e encontraram 10 que parecem aumentar o risco de cancro da tiróide entre os utilizadores de telemóveis. Acredita-se que este seja o primeiro estudo a examinar a influência combinada da suscetibilidade genética e do uso de telemóveis, numa altura em que a incidência deste tipo de cancro está a aumentar em todo o mundo.

Os investigadores começaram por analisar mais de 900 pessoas, procurando polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) que estivessem associados a uma probabilidade muito maior de desenvolver cancro da tiróide. A equipa de investigadores recolheu informações de genotipagem para 823 polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) em 176 genes, tendo dividido os participantes em dois grupos: um grupo com 440 pessoas que tinham cancro da tiróide, e outro, de controlo, com 465 pessoas.

Utilizadores de telemóvel com SNPs em quatro dos genes estudados tiveram duas vezes mais probabilidades de desenvolver cancro. No geral, os investigadores descobriram 10 SNPs que parecem aumentar o risco de cancro da tiróide entre os utilizadores de telemóvel.

É importante referir que este trabalho foi realizado em 2010 e 2011, quando os smartphones começaram a ser introduzidos no mercado, sendo taxa de utilização destes aparelhos ainda reduzida.

TC/SO

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