2 Mai, 2019

PS garante não ter recuado quanto a SNS como “espinha dorsal” pública e universal

A secretária-geral adjunta garante que o partido "não recuou nunca" sobre um SNS como "espinha dorsal público universal e tendencialmente gratuito", reconhecendo o "caráter supletivo" e "temporário" da existência de PPP.

Em Braga, nas comemorações do 1.º de Maio da UGT, Ana Catarina Mendes, aproveitou ainda para responder à acusação de Rui Rio, feita terça-feira num juntar também em Braga, que acusou o PS de “se acobardar” perante os sindicatos mais fortes, e acusou o PSD e o CDS de terem mostrado um “desprezo total” pelos sindicatos.

Sobre a carta aberta do primeiro-ministro referente à Lei de Bases da Saúde e o Serviço Nacional de Saúde publicada na imprensa, a líder socialista disse que a missiva reafirma a posição do partido.

“A carta de hoje do senhor primeiro-ministro mostra que nós não recuamos nunca. Nunca deixamos de estar onde estivemos, num SNS público, universal, tendencialmente gratuito para todos os portugueses mas também não esgotámos a Lei de Bases da Saúde nas PP”, afirmou.

Segundo recordou, “o PCP disse sempre ser contra as Parcerias Público Privadas (PPP), o BE disse sempre que aceitava as atuais e estaria contra novas PPP”.

“Nós não podemos olhar apenas para o acampamento, temos que olhar para o todo e isso significa saber em que medida o SNS deve ser capitalizado de meios humanos e financeiros mas em que o setor privado e social desempenham um papel”, não fechando assim a porta a novas PPP.

Sobre a Lei de Bases da Saúde, que vai ser discutida no parlamento, Ana Catarina Mendes deixou mesmo um aviso aos bloquistas para que se lembrem do “ataque sem precedentes que foi feito ao SNS em Portugal” pelo anterior Governo.

Em resposta às acusações de Rio, de que o PS “se acobardava” perante os sindicatos com mais poder reivindicativo, Ana Catarina Mendes expressou o que pensa ter sido a ação do anterior Governo PSD/CDS-PP em relação ao sindicalismo.

“Os portugueses têm boa memoria e temos memória de um desprezo total do CDS e do PSD pelos sindicatos ao longo de quatro anos, um desprezo total pela concertação social. O PS está hoje aqui para valorizar cada um dos trabalhadores e o sindicalismo em Portugal e dizer que com o PS a negociação coletiva voltou a ser uma realidade”, salientou.

LUSA

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