27 Ago, 2025

Projeto-piloto quer integrar saúde no apoio domiciliário a idosos na Guarda

A iniciativa GuardAfetos vai avaliar os serviços de apoio domiciliário prestados pelas IPSS da Guarda, procurando conjugar intervenção social e cuidados de saúde para permitir que os idosos permaneçam em casa.

Projeto-piloto quer integrar saúde no apoio domiciliário a idosos na Guarda

Um projeto lançado na Guarda pretende dar um “novo olhar” ao apoio domiciliário prestado a idosos, ao integrar a dimensão da saúde nos serviços habitualmente assegurados pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

Designado GuardAfetos, o projeto resulta de uma parceria entre a Federação das Instituições de Terceira Idade (FITI), a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), o Centro de Dia e Lar de Santa Ana de Azinha e a Câmara Municipal da Guarda.

Segundo José Carlos Batalha, presidente da FITI, a iniciativa pretende permitir que os idosos permaneçam “nos seus espaços de afeto”, evitando a institucionalização, através de uma abordagem que alia a componente social – como alimentação, higiene ou apoio na medicação – a uma perspetiva de saúde, centrada na prevenção e no acompanhamento das doenças.

A investigação, que será conduzida pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-ULisboa), arranca em Santa Ana de Azinha e terá a duração de seis meses, devendo depois ser alargada ao concelho da Guarda.

O estudo vai caracterizar os serviços atualmente prestados, incluindo recursos, condições de funcionamento, perfil de profissionais e utentes, bem como fatores do quotidiano, como tipo de habitação, acessibilidade, distância à farmácia mais próxima e doenças prevalentes.

De acordo com a FITI, os resultados servirão de base para recomendações que visam adequar o apoio domiciliário às necessidades reais das comunidades, numa lógica inovadora e sustentável.

“O objetivo é transmitir ao Governo que a realidade sociodemográfica daquela zona exige políticas de resposta diferentes relativamente ao serviço de apoio domiciliário”, sublinhou José Carlos Batalha.

LUSA/SO

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